TURISMO
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N O V E M B R O / D E Z E M B R O 2 0 1 6
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m agosto de 2016, se não houvesse a parceria com o Airbnb,
muitos turistas não teriam onde dormir na cidade durante
os Jogos Olímpicos. O patrocínio da empresa colocou 105
mil vagas no cardápio de hospedagem, com o que praticamente
eliminou-se a possibilidade de
não se ter quartos
para todos os
que vieram de fora para acompanhar os Jogos.
Segundo as estimativas, chegaram 350 mil turistas estrangei-
ros, que foi mais que o dobro da capacidade média disponível nos
hotéis. Claro que não se pode esquecer também dos brasileiros
que vieram de outras partes do País para ver as competições.
Essa
parceria
da Airbnb rompeu um paradigma: foi o primeiro
patrocínio oficial de uma empresa da chamada “economia com-
partilhada ou uberizada”, cuja marca registrada é a exclusão do in-
termediário nas negociações – a um evento mundial deste porte.
Para o Airbnb – no Brasil desde 2012 – esse foi um passo muito
importante, visto que lhe permitiu aproveitar um pouco das dezenas
de bilhões de reais que os Jogos Olímpicos movimentaram...
O Airbnb surgiu quando os seus criadores notaram a oportu-
nidade de oferecer, ou melhor, alugar espaços em apartamentos,
pois perceberam que durante uma grande conferência sobre o
de-
sign
em São Francisco, a sua rede hoteleira não daria conta...
No caso do Rio de Janeiro, além dos hotéis tradicionais e do
Airbnb, motéis,
resorts
e
hostels
se envolveram também para dar
conta da demanda.
Note-se que quando faltavam 30 dias para a cerimônia da aber-
tura dos Jogos – que foi em agosto de 2016 – a taxa de ocupação
nos hotéis já estava por volta de 95%, sendo que grande parte das
reservas estava destinada para a chamada “família olímpica”, ou
seja, os integrantes de federações esportivas e os comitês olímpi-
cos, que inclusive chegaram acompanhados de seus familiares...
Ainda em 2015, o Airbnb ampliou em quase 70% sua oferta
de hospedagem no Rio de Janeiro, o que colocou a capital flumi-
nense em quarto lugar no
ranking
das cidades com maior número
de quartos disponíveis, atrás somente de Londres, Paris e Nova
York. De certa forma, é bem salutar ter essa “ajuda” do Airbnb,
pois com isso não se precisou construir mais hotéis e depois do
grande evento eles ficassem ociosos.
Acredita-se que cerca de 95 mil pessoas se hospedaram no
Rio de Janeiro no período olímpico em habitações reservadas no
Airbnb, cujas diárias custaram, em média, R$ 500, podendo essa
hospedagem ter até três pessoas. Já as diárias na rede hoteleira,
de acordo com os dados do
site
Trivago, que faz comparação de
preços, variavam de R$ 800 a R$ 2.700 no período dos Jogos
Olímpicos.
Dá para ver claramente a vantagem do Airbnb, não é?
lhão em negócios perdidos e receitas de
impostos. Claro que os mais atingidos
foram hotéis, restaurantes e empresas
de turismo.
Shows
, festivais e eventos
esportivos foram cancelados, cortando
ainda mais as receitas.
O governo da Alemanha também re-
conheceu que o país se tornou um alvo
do EI depois de uma série de ataques
contra civis em um trem, em um shop-
ping center e em um show. Com muita
frequência, as empresas de viagens es-
tão recebendo consultas se a Alemanha
ainda é um país seguro. Tudo isso está
afastando os turistas dos países da Eu-
ropa e mesmo nos outros onde não ocor-
reram (ainda...) atos terroristas como a
Espanha, Grécia ou aqueles da Escandi-
návia estão sofrendo com a redução do
número de turistas nos mesmos.
Os atentados também provocaram
uma influência nefasta na indústria de
artigos de luxo, que depende de tu-
ristas estrangeiros, especialmente da
Ásia, para as vendas nas grandes capi-
tais da Europa. Por isso, marcas como
Hermès e Louis Vuitton já relataram
significativas quedas nas vendas por-
que os turistas de alto poder aquisitivo
também estão guardando distância da
Europa.
AIRBNB
SOLUCIONOU O DÉFICIT
DE QUARTOS DURANTE OS
JOGOS OLÍMPICOS
NO RIO DE JANEIRO!!!