8º)
Difunda sua opinião educadamente,
sem usar palavrões. Existem muitas
frases que podem ser muito ofensivas,
mesmo sem a presença deles.
9º)
Pense sempre na oportunidade que
você perdeu de ficar calado(a) ou de
dizer a mesma coisa de outra forma
(sem dizer palavrões).
10º)
Exercite seus novos hábitos com a ex-
clusão dos palavrões de sua vida. Além
disso, ao eliminá-los, divulgue para
amigos e pessoas da família que ao
fazê-lo, libertou-se de um vício.
Bem, é claro que a transição plena para
um comportamento em que você não mais
se utilizará de palavrões em sua comunica-
ção com os outros não será muito simples.
Por causa disso, faz-se necessário manter
uma certa grosseria
, com
pitadas de sar-
casmo
.
E, nesse caso, deve-se partir para um
estágio no qual o seu comportamento seja
próximo do personagem título – o analista
de Bagé – do livro do escritor Luís Fernando
Veríssimo. Lançado em 1981,
O
Analista de Bagé
já teve mais de
100 edições. Trata-se de uma
coletânea de histórias de um
analista que é o estereótipo
do gaúcho machão e que diz
frases bem-humoradas, mas
nada corretas, misturando psi-
cologia a ditos populares dos
pampas. Um bom exemplo
disso é: “Tolero de tudo, me-
nos bombacha com miçan-
gas. Tem que haver um limite.”
E dentro dessa linha, sua mais
famosa contribuição para
a psicanálise é a
terapia do
joelhaço
, o golpe na virilha
que ele aplicava nos “pacien-
tes desorientados” com a fina-
lidade de “sacudir as suas ideias e
restabelecer todas as prioridades”.
E não é só isso que os pacientes do
analista recebiam. Em alguns ele dava ta-
pas, em outros croques (com a mão inteira
fechada...). Também há os que ganhavam
cabeçadas etc. Enfim, a terapia usada pelo
analista de Bagé sempre envolveu algum
tipo de castigo físico para acabar com os
devaneios ou comportamentos incorretos
deles. Sem dúvida, o perigo de se tornar
adepto das práticas do analista de Bagé
para resolver problemas, é acabar sendo
processado por se utilizar de agressões fí-
sicas no lugar dos palavrões!!!
Caro(o) leitor(a) da
Criática
, note que es-
pecialmente no Brasil, vivemos a chamada
era da politização
na qual se percebe muita
gente xingando e falando palavrões (basta
ouvir as gravações de conversas telefônicas
entre alguns políticos). Ao mesmo tempo,
surgem a todo instante pessoas querendo
partir para o confronto físico e trocar pon-
tapés, empurrões etc., e até mesmo dese-
jando “comer o fígado uns dos outros”.
Infelizmente, estamos assistindo a tudo
isso commuita tristeza, almejando que a si-
tuação mude. Isso deve começar pelas pes-
soas que tiveram educação, que precisam
eliminar os xingamentos do seu vocabu-
lário (afinal, eles não tornam a nada mais
engraçado...) e diminuir a violência, partin-
do assim para um convívio mais civilizado
e pacífico.
O interessante livro
Todas
as Histórias do Analista
de Bagé.
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