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M A I O / J U N H O 2 0 1 7

de Portland mostrou que essa atividade de

oferta de alimentação beneficiava muito

os moradores da cidade, que assim tinham

emprego e as autoridades governamentais

passaram inclusive a incentivar a utilização

de terrenos baldios para a criação de pátios

repletos de

food trucks

.

Segundo uma estimativa feita pelo

site

Food Chain Portland, os cerca de 600 mil

habitantes que vivem na cidade podem es-

colher entre mais de 500

food trucks

para

lambiscar alguma iguaria ou fazer um lan-

che rápido sem precisar dirigir-se a um res-

taurante, inclusive das grandes cadeias de

fast-food

(“gênero de comida preparado e

servido de forma rápida”).

Em contrapartida, também existem lu-

gares nos EUA nas quais a “revolução” dos

food trucks

está bem

estagnada

. A questão

é que cada cidade do país está sujeita a

uma grande miscelânea de leis estaduais e

municipais, em especial no que se refere ao

setor de alimentação. E em poucos locais

nos EUA as regras são mais

rígidas

do que

em Chicago. Ali, por causa da forte influên-

cia do poderoso segmento de restaurantes,

as autoridades proíbem que

food trucks

estacionem a menos de 60 m de restau-

rantes, lanchonetes, padarias ou quaisquer

outros estabelecimentos de alimentação.

Além disso, esses espaços móveis não po-

dem permanecer no mesmo local por mais

de

duas horas

!?!? Aliás, todos os veículos

dessa natureza devem contar com um dis-

positivo GPS (sistema de localização por sa-

télite), que registra sua localização a cada 5

min, sob pena de seus proprietários serem

punidos com multas pesadas.

Claro que todas essas restrições acaba-

ram estancando a evolução dos

food trucks

em Chicago, também chamada de

“cidade

dos restaurantes”

, onde, aliás, é pouco pro-

pício caminhar pelas ruas pois venta muito.

Segundo um levantamento realizado no iní-

cio de 2017, havia na cidade cerca de 7 mil

restaurantes, 144 cervejarias artesanais e

apenas 70

food trucks

licenciados!!!

Em Nova York e Boston, os proprietários

dos

food trucks

também não têm vida fácil.

Na primeira, por exemplo, é necessário ter

uma licença da prefeitura que só é válida

por dois anos. Para obtê-la, entretanto, é

preciso encarar uma fila de espera de 15

anos (!?!?). Uma outra “saída” é desem-

bolsar até US$ 25 mil pelo “aluguel” do

documento no mercado negro. Com isso

é preciso ser bem ousado para se ter um

food truck

em Nova York. Por seu turno, em

Boston os

chefs

itinerantes têm de disputar

o direito de ocupar um lugar nas ruas, em

localidades e horários específicos, partici-

pando de um sorteio anual.

Por essas razões, muitos proprietários

de

food trucks

norte-americanos estão pro-

curando se deslocar para cidades onde as

leis que regulamentam seu funcionamento

sejam menos rigorosas. Um fato, entretan-

to, é indiscutível: na 2ª década do século

XXI, o poder dos restaurantes fixos têm di-

minuído, uma vez que as pessoas querem

comer bem e pagar um preço justo por

isso. Isso se tornou possível ao se recorrer

a esses

chefs

do asfalto”

, que graças à

tecnologia implementada em seus veículos

têm condições de oferecer alimentos com

todas os cuidados higiênicos.

E você, caro (a) leitor (a) da

Criática

, se

você quiser empreender e montar seu pró-

prio

food truck

, já sabe quais são as regras a

serem cumpridas para evitar a informalida-

de e as decorrentes sanções por parte das

autoridades públicas?

NAS CALÇADAS

DAS CIDADES

NORTE-AMERICANAS!!!