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J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 7

tem garantido grandes receitas aos clubes

europeus. Todavia, é importante destacar

que eles têm seguido as regras financeiras

estabelecidas pela UEFA (sigla em inglês

para United European Futebol Associa-

tion), criando com isso mais estabilidade no

mundo do futebol, além de gastos também

mais sustentáveis. Segundo essas regras,

um clube pode gastar apenas o que arreca-

da, o que levou muitos deles a se transfor-

marem em empresas

bem administradas

,

ou seja, que operam de forma profissional.

Nesse

ranking

, a segunda e terceira

posição são ocupados pelas equipes espa-

nholas do Real Madrid e Barcelona, respec-

tivamente, e na quarta posição aparece o

Bayern de Munique. Para a KPMG, não há

dúvidas de que os valores dos clubes conti-

nuarão se expandindo nos próximos anos,

isso porque em países como Turquia, Fran-

ça, Itália e Alemanha, novos acordos foram

assinados, garantindo-lhes uma renda su-

perior!!!

Por exemplo, na Espanha, a Telefônica

investiu € 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bi-

lhões) para ter o direito de transmissão de

todos os jogos da Liga. E os clubes ainda

ganharão mais € 400 milhões (R$ 1,4 bi-

lhão) pela transmissão para outros países.

Enquanto isso, os contratos na Alemanha

tiveram um aumento de 85%, com um to-

tal de € 4,6 bilhões (algo como R$ 16,3 bi-

lhões) a serem pagos nos próximos quatro

anos.

E talvez o principal motivo para que os

canais de televisão concordem em pagar

tanto dinheiro para transmitir os jogos de

futebol esteja no fato de as equipes apre-

sentarem uma grande diversidade em

termos de jogadores. Isso por si só prati-

camente assegura milhões de espectado-

res que estão espalhados pelo mundo, em

especial naquelas nações que têm mais re-

presentantes nesses times.

Um ótimo exemplo foi o que aconteceu

no encontro entre os dois melhores times

da Europa (Real Madrid, o vencedor, e Ju-

ventos) na decisão da Liga dos Campeões

em 2017. Somente nessas duas equipes

atuam profissionais de 19 países. É óbvio

que a maioria deles era da Itália e da Es-

panha (10 de cada país), mas o Brasil tam-

bém esteve presente com seis jogadores

(Marcelo, Danilo, Casemiro e Neto, pelo

Real Madri; e Daniel Alves e Alex Sandro,

pela Juventus). Da Croácia havia três atle-

tas; de Portugal, da França, da Alemanha,

da Colômbia e da Argentina, havia 2 joga-

dores; já Costa Rica, Áustria, País de Gales,

Indonésia, Marrocos, Suíça, Bósnia, Gabão,

Venezuela e Gana cederam 1 jogador cada.

Não é por acaso, portanto, que além de

toda a beleza do jogo – estavam em campo

alguns dos melhores jogadores do mundo

(dentre eles o melhor jogador do planeta

na atualidade, o português Cristiano Ronal-

do) –, o evento atraia a atenção de muita

gente pelo forte apelo dessa composição

étnica tão diversa. O fato é que assistir a um

jogo de futebol, seja no estádio ou pela TV,

é sem dúvida um dos

entretenimentos

pre-

feridos das pessoas. E estima-se que essa

partida em especial tenha sido vista por

mais de 200 milhões de pessoas no mun-

do, o que alavancou muitos os negócios de

um modo geral: por exemplo, muitos des-

ses expectadores, especialmente na Itália e

na Espanha, estiveram em restaurantes ou

em outros locais onde torcidas organizadas

apoiaram seus times.

O melhor jogador de

futebol do mundo, o

português Cristiano

Ronaldo.

VERVERIDISVASILIS /SHUTTERSTOCK.COM