25
J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 7
tem garantido grandes receitas aos clubes
europeus. Todavia, é importante destacar
que eles têm seguido as regras financeiras
estabelecidas pela UEFA (sigla em inglês
para United European Futebol Associa-
tion), criando com isso mais estabilidade no
mundo do futebol, além de gastos também
mais sustentáveis. Segundo essas regras,
um clube pode gastar apenas o que arreca-
da, o que levou muitos deles a se transfor-
marem em empresas
bem administradas
,
ou seja, que operam de forma profissional.
Nesse
ranking
, a segunda e terceira
posição são ocupados pelas equipes espa-
nholas do Real Madrid e Barcelona, respec-
tivamente, e na quarta posição aparece o
Bayern de Munique. Para a KPMG, não há
dúvidas de que os valores dos clubes conti-
nuarão se expandindo nos próximos anos,
isso porque em países como Turquia, Fran-
ça, Itália e Alemanha, novos acordos foram
assinados, garantindo-lhes uma renda su-
perior!!!
Por exemplo, na Espanha, a Telefônica
investiu € 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bi-
lhões) para ter o direito de transmissão de
todos os jogos da Liga. E os clubes ainda
ganharão mais € 400 milhões (R$ 1,4 bi-
lhão) pela transmissão para outros países.
Enquanto isso, os contratos na Alemanha
tiveram um aumento de 85%, com um to-
tal de € 4,6 bilhões (algo como R$ 16,3 bi-
lhões) a serem pagos nos próximos quatro
anos.
E talvez o principal motivo para que os
canais de televisão concordem em pagar
tanto dinheiro para transmitir os jogos de
futebol esteja no fato de as equipes apre-
sentarem uma grande diversidade em
termos de jogadores. Isso por si só prati-
camente assegura milhões de espectado-
res que estão espalhados pelo mundo, em
especial naquelas nações que têm mais re-
presentantes nesses times.
Um ótimo exemplo foi o que aconteceu
no encontro entre os dois melhores times
da Europa (Real Madrid, o vencedor, e Ju-
ventos) na decisão da Liga dos Campeões
em 2017. Somente nessas duas equipes
atuam profissionais de 19 países. É óbvio
que a maioria deles era da Itália e da Es-
panha (10 de cada país), mas o Brasil tam-
bém esteve presente com seis jogadores
(Marcelo, Danilo, Casemiro e Neto, pelo
Real Madri; e Daniel Alves e Alex Sandro,
pela Juventus). Da Croácia havia três atle-
tas; de Portugal, da França, da Alemanha,
da Colômbia e da Argentina, havia 2 joga-
dores; já Costa Rica, Áustria, País de Gales,
Indonésia, Marrocos, Suíça, Bósnia, Gabão,
Venezuela e Gana cederam 1 jogador cada.
Não é por acaso, portanto, que além de
toda a beleza do jogo – estavam em campo
alguns dos melhores jogadores do mundo
(dentre eles o melhor jogador do planeta
na atualidade, o português Cristiano Ronal-
do) –, o evento atraia a atenção de muita
gente pelo forte apelo dessa composição
étnica tão diversa. O fato é que assistir a um
jogo de futebol, seja no estádio ou pela TV,
é sem dúvida um dos
entretenimentos
pre-
feridos das pessoas. E estima-se que essa
partida em especial tenha sido vista por
mais de 200 milhões de pessoas no mun-
do, o que alavancou muitos os negócios de
um modo geral: por exemplo, muitos des-
ses expectadores, especialmente na Itália e
na Espanha, estiveram em restaurantes ou
em outros locais onde torcidas organizadas
apoiaram seus times.
O melhor jogador de
futebol do mundo, o
português Cristiano
Ronaldo.
VERVERIDISVASILIS /SHUTTERSTOCK.COM