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E foi exatamente em

Las Ramblas

que

em 17 de agosto de 2017

terroristas

resolveram atacar:

dirigindo uma

van

a toda velocidade eles atingiram

centenas de pessoas, das quais

14morreram, e os feridos são de 35

nacionalidades

. Aliás, houve também

umoutro ataque na Catalunha, em

Cambrily (a 117 kmde Barcelona),

compelomenos ummorto.

Uma multidão

prestando

homenagem às

vítimas do ataque

terrorista em

Barcelona.

Foi essa campanha que consolidou a vi-

rada definitiva do modelo econômico da ci-

dade, privilegiando a indústria de serviços

e o turismo. Apesar de ser um dos princi-

pais cartões postais da cidade,

Las Ramblas

(ou calçadões) são considerados pelos bar-

celoneses como um espaço “sequestrado”

pelo turismo.

Antigamente um local utilizado para o

tradicional passeio familiar de domingo,

na última década

Las Ramblas

se transfor-

maram no ponto de visita obrigatório para

80% dos turistas que chegam a Barcelona.

Calcula-se que durante uma semana ao

menos 300 mil deslocamentos de visitan-

tes aconteçam diariamente no calçadão,

contra apenas mil de moradores que efeti-

vamente vivem ali!!!

E foi exatamente em Las Ramblas que

em 17 de agosto de 2017 terroristas re-

solveram atacar: dirigindo uma

van

a toda

velocidade eles atingiram centenas de pes-

soas, das quais 14 morreram, e os feridos

são de 35 nacionalidades. Aliás, houve

também um outro ataque na Catalunha,

em Cambrily (a 117 km de Barcelona), com

pelo menos um morto.

Pois é..., incrível como algo tão onipre-

sente como o carro – neste caso uma

van

comum – pode ser transformado numa

arma letal e provocar matanças indiscri-

minadas nas mãos de terroristas. Isso real-

mente aprofunda a sensação de ameaça

no dia a dia da vida urbana. E, no que se

refere a essa questão, a prefeita de Barce-

lona, Ada Colau, foi muito criticada por sua

decisão

de

não erguer obstáculos para

in-

terromper a passagem de carros em áreas

como

Las Ramblas

(apesar da recomenda-

ção dos governos central e da Catalunha),

preferindo apenas aumentar a presença

policial no local.

No caminho inverso, em 24 de agosto

de 2017 as autoridades de Lisboa resolve-

ram adotar medidas antiterrorismo e ins-

talar blocos de concreto e minipostes em

diversos pontos do centro histórico da cida-

de e também na região turística de Belém.

Afinal, não se pode esquecer que duas víti-

mas fatais de

Las Ramblas

eram

portugue-

sas

. Assim como Barcelona, Lisboa também

vivencia um momento de grande expansão

do turismo, que, aliás, duplicou na última

década!!!

OSCAR GARRIGA ESTRADA / SHUTTERSTOCK.COM

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