ARQUITETURA
E
m 4 de fevereiro de 2018 aconteceu
na cidade de Minneapolis, no Estado
de Minnesota, nos Estados Unidos
da América (EUA), a 52ª edição do
Super
Bowl
. O grande sucesso do evento, reali-
zado debaixo de muita neve, demonstrou
que a construção de uma nova arena para
a prática do futebol norte-americano – o
U.S. Bank Stadium
(inaugurado em 2016
no mesmo local do estádio anterior, o
Me-
trodome
, onde aconteceu a 26ª edição do
evento em 1992) – foi uma decisão acer-
tada!
Localizada no centro da cidade, a gigan-
tesca estrutura em vidro, concreto e pedra,
com capacidade para 70.561 espectadores,
custou cerca de US$ 1,1 bilhão, dos quais
cerca de 45% vieram do poder público, ou
seja, dos governos estadual e municipal.
Esse grande investimento gerou acalorados
debates entre políticos, proeminentes inte-
grantes da sociedade civil e vários ex-con-
selheiros municipais, que desde o início se
manifestaram contra o projeto. Os 55% res-
tantes foram pagos pelos proprietários da
equipe local de futebol norte-americano, o
Minnesota Vikings, com a ajuda de fundos
privados e não por acaso as linhas arqui-
tetônicas do estádio se assemelham a um
barco
viking
.
Naturalmente, o discurso dos governos
municipal e estadual, assim como dos par-
ceiros do setor privado foi de que a nova
arena incrementaria bastante não apenas a
economia local, mas o desenvolvimento ur-
bano.
E isso é a mais pura verdade
!!! Aliás,
O incrível estádio
US Bank
Stadium em
Minneapolis,
onde joga a equipe do
Minnesota Vikings.
Gian Lorenzo Ferretti / Shutterstock.com
4
C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A
UM ESTÁDIO ALTERA
DE
FORMA SIGNIFICATIVA O
PLANO
URBANÍSTICO
DE UMA CIDADE