a própria inauguração do estádio ajudou
muito a fechar as contas para o pagamento
de sua construção.
O impacto financeiro da realização da
52ª edição do
Super Bowl
foi bem grande,
pois injetou na economia local mais de US$
420 milhões. Para se ter uma ideia, nem
um único quarto de hotel da cidade (tam-
pouco dos arredores) ficou vazio durante
o evento. Além disso, a presença na região
de cerca de 650 mil pessoas para participar
dos dez dias de eventos paralelos manteve
o comércio bastante aquecido.
Mas o sucesso desse projeto não ficou
restrito somente à semana do
Super Bowl
.
De fato, assim como já havia ocorrido em
outras cidades dos EUA que receberam
novos estádios – Indianápolis, Houston, Ar-
lington, Santa Clara etc. –, também no caso
de Minneapolis houve um grande desen-
volvimento nos arredores do novo projeto.
Nesse caso, novas receitas surgiram na me-
dida em que se desenvolveu na região um
novo projeto urbanístico envolvendo nada
menos que 120 quarteirões, até então ocu-
pados apenas por grandes estacionamen-
tos.
No local foram construídas muitas tor-
res comerciais e residenciais. Também sur-
giram ali supermercados e hotéis, e agora
até mesmo um parque está sendo criado.
O estádio ocupa uma área bem próxima da
foz do famoso rio Mississipi, que pratica-
mente corta os EUA, antes de desembocar
em Nova Orleans. Vale lembrar que, além
do futebol norte-americano, Minneapolis
também se distingue no âmbito esporti-
vo por contar com equipes competitivas
de beisebol e hóquei. Ambos os esportes
atraem grandes públicos, e boa parte des-
sas pessoas vêm de outras cidades.
E apesar de ter ocorrido na gelada Min-
neapolis, o
Super Bowl
de Nº 52 agradou
a muita gente. Afinal, nessa edição aconte-
ceu pela primeira vez a vitória do Philadel-
phia Eagles em cima da conhecida equipe
do New England Patriots – onde joga o fa-
moso Tom Brady, marido da nossa super-
modelo Gisele Bündchen. No intervalo da
partida, entre outras atrações, os torcedo-
res puderam acompanhar o
show
do cantor
Justin Timberlake, que aliás voltou ao
Super
Bowl
depois de 14 anos...
Nos EUA, quando são escolhidas para
receber o
Super Bowl
, as cidades têm até
quatro anos para inaugurar novos estádios
e modernizar todos os seus arredores. Por
que será que quando erguemos os estádios
para a Copa do Mundo de Futebol de 2014
em nosso País não nos inspiramos no que
os norte-americanos são capazes de fazer
em suas cidades, quando constroem suas
grandes arenas?
J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O 2 0 1 8