que utilizem tecnologias capazes de melho-
rar a infraestrutura urbana e torná-la mais
eficiente e adequada às necessidades de
seus habitantes, tanto os atuais quanto os
futuros.
Na prática, isso significa melhorar bas-
tante diversos serviços diretos oferecidos à
população – segurança pública, sustentabi-
lidade, transporte –, criando soluções inte-
gradas de governança nas áreas de educa-
ção, saúde, planejamento e transparência
da gestão pública.
De acordo com estimativas da Organi-
zação das Nações Unidas (ONU), até 2030
o número de habitantes nas áreas urbanas
será equivalente a 70% da população mun-
dial. De fato, acredita-se que no Brasil o
número de pessoas vivendo nas cidades já
chegue a 86%. Cada vez mais, esse número
crescente de pessoas enfrentará trânsito
caótico (problemas de mobilidade), defi-
ciência/carência nos serviços públicos, falta
de moradia (habitabilidade), alimentação
precária ou dispendiosa (fome), poluição
(sustentabilidade), redução de postos de
trabalho (empregabilidade) etc.
Já existem diversas cidades no mundo
que ocupam um elevado patamar em ter-
mos de inteligência público-administrativa
e tecnológica, nas quais foram implemen-
tadas
soluções inteligentes
para solucionar
questões relativas a resíduos sólidos e de
arborização urbana, de monitoramento de
desastres naturais, de aproveitamento da
água da chuva, de inspeção automatizada
de galerias pluviais e semáforos, de contro-
le de iluminação pública e de segurança por
meio de câmeras de vigilância.
Também no livro
Cidades Criativas
, des-
taquei, por exemplo, as cidades de:
↘↘
Cingapura
– Essa cidade-Estado
é simplesmente fantástica, e espanta e
atrai milhões de visitantes com as belíssi-
mas construções que fez nesses últimos 20
anos. Em 2012, por exemplo, foi erguido
num amplo espaço da região de Marina Bay
um verdadeiro “tesouro urbanístico”. Trata-
-se do
Supertree Grove
, ou seja, um bosque
futurista composto de “árvores metálicas”
gigantes literalmente “
plantadas
” no local.
Mais de 160 mil plantas de 200 espé-
cies – bromélias, orquídeas, samambaias,
trepadeiras tropicais etc. – revestem as 12
estruturas de aço e concreto que compõem
este inusitado jardim. O projeto foi ideali-
zado pela premiada empresa inglesa Grant
Associates, que, aliás, derrotou outros 170
concorrentes, numa acirrada disputa entre
24 países.
A construção exigiu uma equipe multi-
funcional que incluiu paisagistas, biólogos,
urbanistas, arquitetos e engenheiros. Após
Livros de Victor
Mirshawka
sobre
Economia
Criativa
(EC).
3
J U L H O / A G O S T O / S E T E M B R O 2 0 1 8