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Tóquio
– Campeã nas dimensões,
tecnologia e gestão pública, a capital japo-
nesa desenvolveu medidas eficientes para
controlar a energia utilizada pelas suas
casas e pelos prédios comerciais. O supri-
mento de água para seus munícipes é feito
sem que haja praticamente perdas. Gra-
ças ao apoio de grandes empresas, como
Mitsubishi e Panasonic, construiu-se um
bairro inteiro totalmente ecológico em um
espaço anteriormente ocupado por uma
fábrica, e então equipou-se as moradias
com energia totalmente renovável e apa-
relhos domésticos ultraeficientes.
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Viena
– Linda e eficiente, a capital
austríaca mantém intactas sua arquitetura
secular (seus tesouros) e as áreas verdes,
oferecendo à sua população um transpor-
te de primeira qualidade. Na cidade quase
70% da energia consumida é proveniente
de fontes renováveis. De acordo com o
ran-
king
anual da conceituada empresa global
de consultoria Mercer, em 2018 Viena foi
eleita como a melhor cidade do mundo no
quesito
qualidade de vida
!!!
Já no que se refere às cidades inteligen-
tes brasileiras, cabe ressaltar que durante
a cerimônia de abertura do evento
Con-
nected Smart Cities
(
Cidades Inteligentes
Conectadas
), cuja 4ª edição aconteceu em
São Paulo no dia 4 de setembro de 2018,
foi divulgado o
ranking
nacional. O estu-
do foi realizado pela Urban Systems, em
parceria com a Sater. Entre as 700 cidades
participantes, analisadas a partir de 70
indicadores, chegou-se à conclusão que
a cidade mais inteligente e conectada do
País é
Curitiba
!!! A capital paranaense foi
seguida por São Paulo, Vitória, Campinas e
Florianópolis.
Na sexta posição apareceu a cidade
do Rio de Janeiro, seguida por Belo Hori-
zonte (7ª), Porto Alegre(8ª), Santos(9ª) e
Niterói(10ª). Vale lembrar que as cidades
de São Paulo e Rio de Janeiro foram
analisadas no livro
Cidades Criativas
; já as
cidades de Campinas e Santos constam do
meu livro
Cidades Paulistas Inspiradoras
.
As demais cidades estarão no livro que
será lançado em 2019, cujo título será
As
Encantadoras Cidades Brasileiras
.
Conforme mencionado, esse
ranking
foi
elaborado de acordo com os 70 indicado-
res dos 11 principais setores analisados,
a saber: economia; educação; empreen-
dedorismo; energia; governança; meio-
-ambiente; mobilidade; saúde; segurança;
tecnologia e inovação; e urbanismo.
De fato, especialmente nessas últimas
quatro décadas, poucas cidades brasilei-
ras demonstraram tanto empenho quanto
Curitiba, em especial no que se refere ao
compromisso de seus prefeitos em melho-
rar a qualidade de vida de seus munícipes.
Ali as gestões municipais tem se mostrado
inteligentes e modernas, sempre buscan-
do se concentrar em cinco pilares funda-
mentais: educação e empreendedorismo,
ações integradas de incentivo à tecnologia,
revitalização de regiões com emprego e
renda, fomento (incentivos) e integração e
articulação.
Na última década, inspirando-se em
muitas gigantes de tecnologia estabe-
lecidas no Vale do Silício, na Califórnia,
formou-se uma grande onda de empreen-
dedorismo em Curitiba, região onde, em
2018, atuam nove aceleradoras, sete incu-
badoras e 14 espaços de inovação aberta,
atuando na região.
Destacam-se nela
start-ups
como a Pi-
pefy, cujo sistema ajuda a automatizar pro-
cessos internos, atendendo hoje algo como
15 mil clientes em 150 países; a Ebanx, que
nasceu em 2012 e processa atualmente
pagamentos para
sites
estrangeiros – em
2017 essa empresa processou US$ 1,2 bi-
lhão para clientes como Spotify, Airbnb e
AliExpress; a Madeira Madeira, um
site
de
comércio eletrônico, entre outros.
Como se nota, a escolha de Curitiba
como cidade mais inteligente foi mais do
que justa, uma vez que a capital paranaen-
se também é criativa e encantadora!!!
Observação importante
– Para elabo-
rar esse texto foram de grande utilidade os
excelentes artigos
Muito além do jardim
e
Smart cities
, elaborados respectivamente
por Sheila Mazzolenis e Veridiana Morais
para a revista
Riviera de São Lourenço
, edi-
ção Nº 27, editora Sobloco.
Outros livros do
autor do artigo
focados na EC.
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J U L H O / A G O S T O / S E T E M B R O 2 0 1 8