Revista Criática nº 22

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ming, um programador de 35 anos, e sua
empresa conseguiu um feito raro na China,
ou seja, crescer sem precisar do apoio da
Tencent, da Baidu ou da Alibaba, as gigan-
tes locais de tecnologia.
Atualmente a Bytedance está tentan-
do quebrar um paradigma – e para alguns
fugir da maldição – que é não conseguir
crescer de forma significativa fora da Chi-
na. Hoje, 60% do público do Tik Tok está na
China! E para garantir uma maior presença
no Ocidente, a Bytedance fez uma jogada
de mestre nos negócios, ao adquirir no fim
de 2017, por US$ 1 bilhão, o –
um app norte-americano de vídeos de du-
blagem –, quando este já contava com 100
milhões de usuários (dos quais 7,5 milhões
estão no Brasil).
Os dois aplicativos coexistiram até agos-
to de 2018, quando usuários e funcionários
do foram integrados ao Tik-Tok.
Atualmente os principais temas dos vídeos
no Tik-Tok são dança, culinária, viagens e
humor, às vezes de forma involuntária.
O Brasil é visto hoje com bastante aten-
ção pela Bytedance. A empresa já possui
20 funcionários no País, e boa parte deles
foi herdada do , porém, ela segue
contratando, em especial para curadoria e
apoio à comunidade de usuários e influen-
ciadores (aos quais está oferecendo cur-
sos e aconselhamento de carreira). Hoje
a maioria dos “tik-tokers” (produtores de
conteúdo da rede) está ganhando algo pró-
ximo de R$ 2,5 mil por mês.
Para o Tik Tok um dos obstáculos para
a sua evolução foram as regras de censura
impostas pelo governo chinês, que proibiu
cerca de 100 categorias de conteúdo. Estas
variam desde a difamação de autoridades e
líderes políticos até o encorajamento de ca-
sos extraconjugais. Também foram restrin-
gidos os conteúdos nocivos (como vídeos
que estimulem suicídios) ou peculiaridades
como aventuras sexuais de uma noite...
Em 2018, a própria Bytedance foi re-
preendida diversas vezes devido ao seu
app de notícias, bem como precisou des-
continuar um app seu para a publicação de
sátiras. Estima-se que em média cada dia a
Tik Tok receba em seu site 10 milhões de ví-
deos. A empresa já emprega uma legião de
monitores para tentar apanhar material re-
preensível e, dessa forma, não infringir as
regras estabelecidas pelo governo chinês.
Em vista das diretrizes anunciadas pelo
governo, a plataforma de vídeo deve ter
uma equipe de censores de “alta qualida-
de política”, além de receber ajuda extra
de um sistema de inteligência artificial (IA)
para policiar seu conteúdo. Em princípio
ela precisa ter pelo menos um auditor de
conteúdo treinado para cada mil vídeos
curtos carregados em seu site a cada dia.
Você já calculou quantos auditores a Tik
Tok deveria contratar para fazer bem esse
trabalho?
O Brasil é visto hoje combastante
atenção pela Bytedance. A empresa já
possui 20 funcionários no País, e boa
parte deles foi herdada do
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