GIRO
P
ois é, do foguete que levaria a um futuro brilhante
com o título “
Brasil Decola”
(em 2009), para a cha-
mada recriminadora
“Estragou tudo”
(em 2013) e
agora com a capa
“Brasil no atoleiro”
a renomada revista
The Economist
relatou que o nosso País vive a
maior ba-
gunça
desde o começo dos anos 1990!?!?
Paralelamente, um
blog
do jornal
Financial Times
listou
dez motivos que podem levar a presidenta Dilma Rousseff
a não terminar o segundo mandato (!?!?) e a revista
Time
enumerou cinco fatos que podem levar o Brasil ao abismo.
Tudo indica que o Brasil tornou-se a bola da vez para pre-
visões catastróficas, as quais a nossa Nação sempre con-
seguiu espantar... Mas a cada dia que passa a imprensa
estrangeira parece mais frustrada com os rumos recentes
do Brasil. E uma excelente evidência é como a
The Econo-
mist
na sua edição latino-americana caracterizou o Brasil:
por meio de uma passista de escola de samba que está em
um pântano coberta de gosma verde (as edições vendidas
no resto do mundo têm outra capa, com um destaque para
o avanço da telefonia celular).
Em seu editorial, a
The Economist
diz que o País pode
ter “problemas muito maiores do que o governo admite
ou investidores parecem perceber”. Além da ameaça de
recessão e da inflação, o texto cita o fraco investimento,
a corrupção na Petrobras e a desvalorização cambial que
aumenta a dívida externa das empresas brasileiras.
“Escapar desse atoleiro seria difícil mesmo para uma
grande liderança política. Dilma Rousseff, no entanto, é
agora bem fraca. Ela ganhou a eleição por pequena mar-
gem e sua base política está se desintegrando”, diz a revis-
ta conhecida por ser politicamente liberal.
Esse tom não lembra em nada o clima de festa e co-
memoração visto no fim da década, quando o País era o
queridinho da vez e recebia elogios rasgados nos espaços
mais nobres da imprensa estrangeira.
THE ECONOMIST
SATIRIZA
MAIS UMA VEZ A SITUAÇÃO
ECONÔMICA DO BRASIL
O vice-presidente de jornalismo da
ESPM, João Palomino, explicou: “Em 2014,
na transmissão do
Super Bowl,
tivemos cer-
ca de 700 mil telespectadores na Grande
São Paulo e acredito que agora esse núme-
ro foi amplamente superado.
Os dados que temos das redes sociais
são um bom termômetro da audiência que
o evento teve. No Twitter, a ESPN ficou em
primeiro lugar no Brasil e no mundo. Foram
72.300 menções à
hashtag
#ESPNTem-
SuperBowl49 e mais 67.800 tuítes com a
marca #SuperBowl49. Usando como base
de cálculo a média de 208 seguidores que
o brasileiro possui, segundo o Twitter, o uni-
verso dessas interações soma 15 milhões
de pessoas no País.
O
Super Bowl
foi também apresentado
ao vivo em 30 salas de cinema que esti-
veram lotadas, e as redes Cinemark e UCI
venderam quase 10 mil ingressos!”
Com esse sucesso todo, a ESPN já ga-
rantiu a transmissão do
Super Bowl 50
em
2016.
O N
º
12, o
quarterback
Tom
Brady orientando a sua equipe.
As três significativas capas da
The Economist.
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