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No segundo projeto deseja-se estimar o

risco de um idoso morrer em 5, 10 ou 15

anos, de acordo com os hábitos, as caracte-

rísticas e doenças de cada paciente.

Para isso, os pesquisadores do LABDAPS

utilizaram um banco de dados de um gru-

po de mais de 2 mil idosos que vem sen-

do acompanhados desde 2000 por outros

cientistas da universidade, que fazem estu-

dos sobre envelhecimento.

Outra iniciativa é a de analisar os dados

das declarações de óbito do País para rever

possíveis erros, principalmente no campo

raça/cor, no qual há muitos erros de preen-

chimento.

O que se percebeu nessa pesquisa fei-

ta em 2014 é que a expectativa de vida

de pardos no Brasil era maior do que a de

brancos, apesar de os primeiros terem ren-

da e escolaridade menor.

Aí surgiu a hipótese de ter havido um

‘embranquecimento’ por parte dos que

preencheram as declarações, ou seja, pes-

soas que se consideraram pardas em vida

foram colocadas como brancas no docu-

mento!?!?

No quarto projeto se buscará identificar

através da análise de resultados de saúde

nos municípios que receberem profissionais

do programa Mais Médicos, quais cidades

se beneficiaram mais do mesmo e, portan-

to, também quais aquelas que não tiveram

os resultados almejados, para serem priori-

zadas no futuro envio de médicos.

O potencial do

machine learning

e do

melhor uso de dados é impressionante.

Quanto mais a gente adotar uma aborda-

gem rigorosa e científica, menor possibi-

lidade terá alguém de elaborar manipula-

ções partidárias e/ou ideológicas, com o

que se terá condições de fato de estabe-

lecer políticas públicas de maior impacto,

interesse e eficiência para a sociedade.”

Finalizando, é vital refletir sobre o que

disse Fernando Narvaes da Siemens Heal-

thineers, sobre para onde caminha a tec-

nologia e o futuro da medicina: “O uso de

personal devices

está colocando a saúde

nas mãos das pessoas.

Nesse contexto de utilização e cone-

xão, existe a clara tendência de que todas

as informações passem a fazer sentido,

com o uso mais intenso de

big data

, para

interpretar e integrar esse imenso volume

de dados, criando processos inovadores e

inteligentes.

E ai está se falando não apenas dos

equipamentos, mas da gestão dos proces-

sos e da sua eficiência nos cuidados com a

saúde.

Não adianta fazer exames com equipa-

mentos de última geração e ter que esperar

muitas horas, dias ou até semanas para ser

atendido.

A tecnologia vai avançar e encontrar

caminhos para que a população seja aten-

dida com mais eficiência, inclusive no sis-

tema público de saúde, ou seja, com mais

eficiência, com cada cidadão tendo acesso

a ele e sabendo onde e a que hora será

atendido.

O futuro passa por cada um cuidando

de sua saúde, porém, de forma orquestra-

da com todos os agentes.

Claro que nesse sentido, as operadoras

de saúde têm papel fundamental em en-

tender quais partes da cadeia requerem

melhorias na utilização desses processos:

do planejamento do atendimento ao pa-

ciente a sua recuperação no

home care

após, digamos, um procedimento cirúrgico.

Acredito que o futuro da medicina está

em otimizar a entrega da saúde e como ela

será consumida pela população.

E isso tem que acontecer de forma que

beneficie a todos!!!

“O

potencial do

machine

learning

e domelhor uso

de dados é impressionante.

Quantomais a gente adotar uma

abordagem rigorosa e científica,

menor possibilidade terá alguémde

elaborar manipulações partidárias

e/ou ideológicas, como que se terá

condições de fato de estabelecer

políticas públicas de

maior impacto,

interesse e eficiência para a

sociedade

.”