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J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 7

que fazia a maior cirurgia, o que abria mais

o peito do paciente!?!?

Hoje em dia a atenção dos médicos

está nos monitoramentos e equipamentos

auxiliares.

Quanto menos invasivo for o procedi-

mento, maior a qualidade e a segurança

para o paciente.

A nova tecnologia atualmente permite

a detecção de problemas no fígado através

de um exame de sangue, sem precisar fazer

uma biópsia demorada e dolorosa.

Com isso, não é preciso internação, se

economiza muito e ainda vai a zero o risco

de contaminação hospitalar.

Ainda a maior parte dos gastos das ope-

radoras de saúde vai para o tratamento,

porém, a tendência é que diagnóstico e pre-

venção ganhem maior espaço em breve.”

Por outro lado, os aplicativos da área de

saúde são fáceis de gerenciar e são capazes

de estimular os usuários por meio do acom-

panhamento, a cuidar melhor de sua saúde.

Monitorar a alimentação, calcular a dose

de insulina que deve ser tomada e organizar

a carteira de vacinação estão entre algumas

das facilidades que estão disponíveis para a

saúde dos pacientes via aplicativos.

Claudia Labate, CEO (

chief executive offi-

cer

, ou seja, a executiva principal) da Glinco-

line, um aplicativo que permite calcular com

agilidade a dose de insulina que é necessário

tomar diariamente, comentou: “Na área de

diabetes, só a tecnologia não faz nada, mas

temos um canal para falar (com o paciente)

com muito respeito e empatia.

A tecnologia entra como uma ferramenta

para o enfrentamento de doenças e isso faz

muita diferença.”

Pode parecer para algumas pessoas que

“pedir a opinião” a um computador sobre

a definição de melhor tratamento para um

paciente um ato de ficção, porém, isso já é

uma realidade, que vai ganhar cada vez mais

espaço na medicina nos próximos anos.

Tudo isso se deve ao crescente uso da

big

data

e da inteligência artificial (IA) na área

de saúde, que tem possibilitado obter res-

postas para questões médicas mais precisas,

rápidas e personalizadas.

O acesso a grandes bancos de dados

com informações de pacientes (

big data

),

indicadores de saúde da população, carac-

terísticas de doenças e estudos científicos,

Claudia Labate, CEO

da GlicOnline.

permitiu aos especialistas criar algoritmos

avançados para “ensinar” os computadores

a reconhecer padrões nesses dados e apre-

sentar as melhores soluções para cada tipo

de problema.

O histórico da ciência, valendo-se da

estatística, foi o de trabalhar com os médi-

cos. Entretanto, com a possibilidade de ter

informações da

big data

, pode-se agora tra-

balhar com as pessoas de forma individuali-

zada e personalizada.

Por isso, a medicina deve também apos-

tar no aprendizado da máquina (

machine

learning

), pois isso é o cerne da próxima re-

volução tecnológica.

Uma tecnologia incrível que surgiu re-

centemente foi o Watson, da IBM, um su-

percomputador fundamentado em tecno-

logia cognitiva que consegue processar a

informação de forma muito mais rápida que

um ser humano e até que um computador

comum.

A própria IBM tem divulgado que o Wat-

son é capaz de ler 40 milhões de documen-

tos em apenas 15s!!!

Isso é fantástico, não é?

Sem dúvida, e o que é mais sensacional

é que ele pode analisar dados de saúde

que estão guardados de forma deses-

truturada (!?!?), que são ainda

invisíveis para os sistemas

de computação mais sim-

ples!!!