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Na realidade, Brian Krzanich – presiden-
te executivo da Intel –, explicou: “Essa tran-
sação será responsável por unir os olhos do
carro autônomo – o sistema desenvolvido
pela Mobileye – ao cérebro inteligente que,
de fato, dirige esse carro, ou seja, os nossos
chips
!!!”
Com essa aquisição a Intel vai acirrar
ainda mais a disputa com outras gran-
des fabricantes de processadores, como a
Qualcomm – que em junho de 2016 com-
prou por US$ 47 bilhões a NXP, a principal
fabricante de
chips
para carros – e a NVidia.
De acordo com estimativas da Intel, o
mercado de carros autônomos deve al-
cançar algo próximo de US$ 75 bilhões até
2030.
Apesar de todo esse potencial, há quem
acredite que a Intel mirou num segmento
que está bem distante do principal foco de
seus negócios (!?!?), o que poderá repre-
sentar para a empresa um sério risco no
futuro.
Outro ponto de “inconformismo” por
parte de quem acompanhou o negócio foi
o alto valor pago pela aquisição da
start-up
israelense. Afinal, de acordo com o analis-
Da esquerda para
a direita, Brian
Krzanich, CEO da
Intel, Harald Krueger,
CEO da BMW e Amnon
Shashua, co-fundador,
presidente e CTO da
Mobileye NV.
ta Craig Ellis, da consultoria B. Riley, o valor
gasto corresponde a 21 vezes a receita es-
perada para a Mobileye em 2017.
Será que não foi uma transação absur-
damente cara?
Amnon Shashua
(esquerda) e Ziv Aviram.
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“De acordo com estimativas
da Intel, o
mercado de
carros
autônomos deve
alcançar algo próximo de
US$ 75 bilhões até 2030
.”