O gerente da Amazon no Brasil, Alex
Szapiro explicou: “Em agosto de 2014 co-
meçamos a vender livros físicos no país e,
inicialmente, nossa relação com as editoras
foi bem difícil. Porém, a situação foi se mo-
dificando e as editoras passaram a ter mais
confiança em nós. Assim, nossos negócios
aumentaram a uma taxa de dois dígitos ao
ano, considerando vendas do
Kindle
, de li-
vros digitais – hoje temos 97 mil livros di-
gitais em português – e livros físicos. Além
de vender livros, a empresa tem outros ne-
gócios no País, assim tem-se a loja de apli-
cativos para
Android
, a Amazon Appstore,
o serviço de
streaming
Prime Video, porém
ainda com catálogo reduzido. Novos pro-
jetos estão chegando ao Brasil e estamos
contratando mais de 100 pessoas.”
Em 2007, Jeff Bezos, ao lançar o leitor
digital
Kindle
, declarou: “O livro impresso é
tão altamente evoluído e adequado para a
sua tarefa que será muito difícil tirar o seu
lugar.”
E não é que nesta primavera (que come-
çou nos EUA em 23 de março) a Amazon,
prometeu abrir uma livraria, em plena Ma-
nhattan, em Nova York!!!
Sem dúvida nenhuma há claros sinais
do renascimento dos livros de papel por
todos os lados. O mais claro é que suas
vendas aumentaram não apenas nos EUA,
mas também em muitos outros países do
mundo.
A revolução no mercado editorial pro-
vocada pela tecnologia digital não foi do
mesmo tipo que a vista nos setores da mú-
sica, da televisão e das notícias – afinal,
as
pessoas continuam gostando dos livros
!!!
A força da popularidade do livro de papel
continua sendo
saudada como uma histó-
ria afetuosa do triunfo dos valores tradi-
cionais sobre a fria e insensível tecnologia
.
Os leitores gostam do toque e da sen-
sação proporcionadas pelos livros impres-
sos. Os norte-americanos, por exemplo,
leem uma media de 12 livros por ano. Isso
é o que os nossos professores de português
deveriam incentivar em seus alunos, ou
seja, se tornarem ávidos leitores de livros,
e, em sua maioria, de papel!!!
Claro que as pessoas querem preços
baixos para os livros que compram e não
gostam do fato de que os digitais têm pre-
ços comparativamente caros, inclusive
maiores do que aqueles dos livros de capa
dura ou brochura.
Jeff Bezos iniciou em 2007 um arrojado
projeto para a adoção em massa do
Kindle
,
com promoções de livros de grande suces-
so a US$ 9,99 e a disponibilização de livros
digitais a preços mais baratos que os im-
pressos. Porém, tudo indica que agora seus
esforços tenham arrefecido muito e a Ama-
zon esteja seguindo no sentido oposto – e
dando preferência aos livros de papel
!?!?
E Jeff Bezos chegou a essa conclusão
pelo fato de em 2016 a Amazon ter vendi-
do 35 milhões de livros impressos a mais
que em 2015, e arrebatado ainda mais a
sua participação no mercado de um antigo
concorrente, a Barnes & Noble.
Os livros de capa dura e brochura estão
atualmente mais baratos por conta de sua
venda com descontos, enquanto os digitais
estão mais caros pelo fato de serem vendi-
dos sem tanto desconto. A maioria das pes-
soas ainda compra livros individualmente,
o que se comprovou com o fracasso dos
serviços de assinatura de livros digitais. O
fato é que a Amazon não tem urgência de
acabar com isso, até porque,
ela é a maior
vendedora de livros do mundo
!!!
O que se pode dizer por enquanto é que
o
renascimento do livro
de papel
é algo
que vem agradando tanto os autores quan-
to a Amazon e as editoras!!!
Em 2007, Jeff Bezos,
ao lançar o leitor digital
Kindle
, declarou:
“
O livro
impresso
é tão
altamente
evoluído e
adequado
para a sua
tarefa que
será
muito
difícil tirar o
seu lugar
.”
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