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O
conceito de
conteúdo de marca
está desafiando os patrocinadores
a criar propostas de entretenimen-
to (ou de utilidade) interessantes, ao pon-
to do espectador de um programa de TV
ficar ansioso (!?!?) para ver essas propa-
gandas.
Por exemplo, a rede Discovery – que tem
11 canais no País –, já está testando essa
máxima
no dia a dia de sua programação,
encaixando conteúdos desenvolvidos em
parceria com seus patrocinadores, como o
Pão de Açúcar, a Peugeot, a Friboi etc.
Participando do
Rio Content Market
– evento que reuniiu em março de 2017
produtores de TV e cinema do País –, a Dis-
covery apresentou uma pesquisa na qual
fica evidente que quanto
mais sutil
for a
presença de uma companhia,
melhor é o
resultado
para ela na venda de seus produ-
tos/serviços!!!
Deve-se ter em conta, porém, que os
programas de conteúdo não são produzi-
dos da noite para o dia. Ao contrário: são
feitos com base em muita negociação, pois
geralmente incluem quatro partes que pre-
cisam colaborar e concordar entre si: a alta
administração da empresa; os represen-
tantes da emissora de televisão que exibirá
o programa; os integrantes da produtora
encarregada; e os membros da agência de
publicidade da marca.
Além dos aspectos criativos da atração
proposta, as partes precisam lidar com as-
pectos econômicos (definir o valor a ser
gasto no projeto) e imagéticos (relativos a
temas aos quais a marca quer – ou não – se
vincular).
Por exemplo, muitos anunciantes não
querem que as suas propagandas apare-
çam próximas daquelas que exibem con-
teúdos pornográfico, violento ou de algo
que incentive ao terrorismo!?!?
Na terceira semana de março de 2017,
o Google perdeu alguns dos seus maiores
anunciantes nos EUA, como por exemplo a
Johnson & Johnson e a AT&T – esta última,
alias, foi uma das cinco maiores anuncian-
tes dos EUA em 2016, ao gastar quase US$
1 bilhão em propaganda.
P&P
O
CONTEÚDO
ESTÁ NO
FOCO
DOS CANAIS DE TV, E DE TUDO…
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A