ARTESANATO
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A
I
nicialmente, deve-se ressaltar que o
Brasil está buscando finalmente legali-
zar o queijo minas, a linguiça de porco
feita na zona rural de São Paulo e o queijo
de cabra moxotó do sertão paraibano, en-
tre tantos outros produtos artesanais de
origem animal.
Neste sentido, o Congresso nacional fi-
nalmente aprovou um projeto de lei que
procura simplificar a venda desses alimen-
tos nos Estados do Brasil, o que até agora
só era permitido caso se tivesse o selo de
inspeção do ministério da Agricultura, o
mesmo que é exigido de grandes indús-
trias. Naturalmente, a partir de agora os
produtores, comerciantes e pesquisadores
acreditam que com as novas regras se terá
um
boom
nas vendas de muitos alimentos
feitos de forma artesanal no País.
De acordo com o texto, que deve ser
sancionado pelo presidente Michel Temer,
PRODUTOS ARTESANAIS
ESTÃO GANHANDO CADA VEZ
MAIS ADEPTOS E BONS CLIENTES!
bastará a fiscalização do órgão de saúde pú-
blica estadual para que um queijo serrano
gaúcho, por exemplo, tenha trânsito livre
em todas as gôndolas brasileiras. Um novo
selo com a inscrição “
Arte
” irá designar a
produção artesanal brasileira de queijos,
presuntos, linguiças, salames, mortadelas,
geleias e mel, sob critérios que ainda deve-
rão ser regulamentados.
Todavia, independentemente desse
novo selo, a venda desses produtos com os
respectivos selos estaduais vigentes já está
liberada em todo o País. Desse modo, os
produtores do queijo de cabra Arupiara, da
fazenda Carnaúba (em Taperoá, na Paraíba)
já podem vender sua produção em todo o
Brasil e, com isso, já esperam quadruplicar
sua produção diária.
Esse tipo de comércio certamente se re-
fletirá no aumento no número de pessoas
que irão abrir suas fabriquetas artesanais.