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CINEMA

Q

uando no dia 24 de fevereiro de 2019, no Dolby

Theatre, em Los Angeles, o cantor Adam Lam-

bert, iniciou a homenagempara a banda Queen,

cantando

We’re the Champions

, os organizadores da

91ª edição do Oscar cruzaram os dedos, torcendo para

que ela não ultrapassasse

3 h de duração

!!! Afinal, o

fantasma de 2018, quando essa festa da Academia de

Hollywood durou quase 4 h, e foi vista por “apenas”

26,5 milhões nos EUA (a pior marca desde que o Oscar

passou a ser televisionado em 1953), ainda os assom-

brava. Vale lembrar que apenas alguns anos antes essa

premiação chegou a contar com 43,7 milhões de teles-

pectadores.

Várias atitudes foram tomadas para evitar uma pio-

ra na queda de audiência, e uma delas foi não escolher

um único artista para ser o âncora do evento, algo que

não acontecia desde 1989. Assim, não houve um nú-

mero musical satirizando os indicados, tampouco um

discurso bem-humorado no início da cerimônia. Para

amenizar a ausência de um apresentador principal,

uma legião de estrelas passou pelo palco – Charlize

Theron, Tina Fey, Jennifer Lopez, Helen Mirren, Melissa

McCarthy, Jason Momoa, Stephan James, Daniel Craig,

Samuel L. Jackson, Bradley Cooper, Xavier Barden, en-

tre outros –, para anunciar o nome dos ganhadores.

A apresentação dos oito indicados para o Oscar

de melhor filme foi feita por personalidades que não

atuam diretamente no mundo do cinema, ou seja, a te-

nista Serena Williams e o

chef

espanhol José Andrés. Já

o maestro venezuelano Gustavo Dudamel regeu a Fi-

larmônica de Los Angeles durante o momento em que

foram lembrados os artistas e profissionais do cinema

que morreram em 2018.

Entre ser ousada em suas escolhas ou se contentar

com alguns feitos históricos, a Academia de Hollywood

preferiu a 2ª opção ao premiar como melhor filme do

ano um longa modesto e popular, como

Green Book

– O Guia

. Segundo os especialistas, muito ambicioso

seria a eleição de

Roma

, que se tornaria a primeira

produção não falada em inglês e financiada por uma

empresa não tradicional ainda no cinema – a Netflix

– a ganhar tal honraria; ou mesmo optar por Pantera

Negra (um filme inspirado em história em quadrinhos

e politicamente consciente); ou

Infiltrado na Klan

(uma

alegoria provocativa sobre as atuais relações raciais).

Ann Hornaday, do importante jornal

The Washing-

ton Post

, comentou: “Ao premiar

Green Book

, a Acade-

mia concedeu seu mais prestigioso prêmio a um filme

que, embora popular, é muito educado, contido e, por

demais focado em um protagonista branco. Essa vitó-

ria sugere claramente que os eleitores da academia,

como muitos cinéfilos, são atraídos para filmes que os

fazem se sentir bem consigo mesmos.

Os outros vencedores do Oscar foram:

NO OSCAR,

NA SUA 91

a

EDIÇÃO, OCORREU

UMA

PREMIAÇÃO CONSERVADORA!!!

ALEX MILLAUER / SHUTTERSTOCK.COM

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A