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INFORMAÇÃO

O

que você adquire no supermercado,

os

posts

que você curte no Facebook,

como você usa o GPS no carro e as-

sim por diante, tudo agora é “espionado”

pelas empresas, as quais acabam tendo

grandes lucros vendendo as conclusões

que obtêm da coleta e análise desses gran-

des volumes de dados, ou seja, do

big data.

As empresas sempre estiveram de olho

no consumidor e, devido aos novos recur-

sos tecnológicos, os ângulos dessa visão

se multiplicaram. Querer enxergar tudo ao

mesmo tempo, porém pode ter o mesmo

efeito que não ver nada. Nesse contexto, a

chave do sucesso é identificar e visualizar

o que de fato importa. É no manejo dessas

táticas de observação, não só de clientes,

mas também de concorrentes, dos riscos

e demais fatores que podem determinar o

futuro de uma companhia, que opera o cien-

tista de

big data

, ou, em um nível mais ele-

vado, o

chief data officer

(CDO), cargo que

está surgindo agora.

Não se deve confundir o CDO com o

chief

information officer

(CIO), que é o diretor de

tecnologia da informação (TI), mas pode ser

que no futuro tenha que se conciliar melhor

esses papéis...

Douglas Laney, analista da firma de pes-

quisa e consultoria de tecnologia Gartner,

destaca: “É um absurdo que as empresas

tenham cada vez melhor controle contábil

dos móveis de seus

escritórios que de seus

ativos de informação e

você não pode admi-

nistrar o que você não

mede!!!

À medida que mais

empresas manipulam

informações e usam

ferramentas de análise

de

big data

em busca de maneiras para gerar maiores receitas, a

falta

de normas para avaliar esses dados cria uma lacuna perigosa

para que as organizações entendam o mundo de negócios em que

atuam.”

Bem, daí se conclui que os CDOs serão cada vez mais deman-

dados e bem remunerados, não é?

Aí vai o exemplo da Kroger, uma rede norte-americana de su-

permercados, que registra tudo que os clientes compram nas suas

mais de 2.600 lojas e monitora o histórico de compras dos cerca

de 55 milhões de membros que utilizam seu cartão fidelidade. A

empresa analisa esses dados em busca de tendências e depois,

por meio de uma

joint venture

, vende as informações para os forne-

cedores que abastecem suas prateleiras. Fabricantes de produtos

de consumo, como a Procter & Gamble, Nestlé etc. estão dispostas

a pagar por essas informações, que lhes permitem adaptar seus

produtos e seu

marketing

às preferências do consumidor. Estima-

-se que a Kroger

fature algo próximo de US$ 100 milhões

por

ano com a venda de dados para os seus principais fornecedores!

É por isso que o crescimento da adesão às técnicas de

big data

deverá crescer mais de 50% em 2015 em relação a 2014 e a es-

timativa é que serão criados globalmente algo como 4 milhões de

novos empregos ligados de alguma forma ao

big data

.

A IMPORTÂNCIA CADA VEZ

MAIOR DA

ANÁLISE DE UM

GRANDE VOLUME DE DADOS

O crescimento da

adesão às técnicas de

big data

deverá crescer

mais de

50%

em2015

em relação a 2014

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