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O

filósofo sueco

Nick Boström,

professor na

Universidade de Ox-

ford, no Reino Unido,

autor do livro

Supe-

rintelligence: Paths,

Dangers, Strategies

(algo como

Superin-

teligência: Caminhos,

Perigos e Estraté-

gias

) soou o alarme:

“Se criarmos inteli-

gências superiores à nossa, poderemos nos

tornar obsoletos”.

Se máquinas mais inteligentes e podero-

sas do que nós existirem, nossa sobrevivên-

cia dependerá delas.

O que garante que elas nos preservarão?

Em entrevista para a BBC de Londres,

o famoso físico britânico Stephen Hawking

profetizou: “O desenvolvimento de uma inte-

ligência artificial completa poderia significar

o fim da raça humana. A evolução das má-

quinas ocorreria em uma velocidade cres-

cente contra a qual os humanos não conse-

guiriam competir.”

Por seu turno, o notável empreendedor

Elon Musk, que está envolvido com proje-

tos ousados como o carro elétrico Tesla e

a empresa de transporte espacial Space X,

que já doou US$ 10 milhões para o institu-

to Future of Life, que monitora os possíveis

riscos da inteligência artificial de nível hu-

mano, declarou: “É preciso ser supercuida-

doso com a inteligência artificial, a qual,

para mim, potencialmente mais perigosa do

que a energia nuclear.”

Já o especialista brasileiro em temas

científicos Marcelo Gleiser salientou: “É

bem mais provável que o futuro da inteli-

gência esteja dentro do cérebro humano, e

não fora. Seremos nós, ou nossos híbridos,

a nos tornarmos superinteligentes, esten-

dendo nossa capacidade mental através da

união do biológico com o cibernético. O futu-

ro não está nas máquinas, mas na inteligên-

cia humana artificialmente ampliada.

Não estamos desenhando nosso fim,

mas uma nova espécie, capaz de transcen-

der os limites evolucionários que determi-

nam o funcionamento do cérebro e do corpo.

Com isso, não devemos temer o futuro

da pesquisa em inteligência artificial, mas

vê-la como uma oportunidade de emancipa-

ção, de crescimento da espécie. Certamen-

te, nossos descendentes serão mais inteli-

gentes e, esperemos, mais sábios!!!”

E você, caro leitor, o que acha que será

de nós se as máquinas também pensarem?

KENTANCWELL

AS VANTAGENS

E OS PERIGOS DA

INTELIGÊNCIA 

ARTIFICIAL

“...Não devemos temer o futuro

da pesquisa em inteligência

artificial, mas vê-la como uma

oportunidade de emancipação

,

de crescimento da espécie.”

TECNOLOGIA

O prof. Nck Boström.

O provocante livro

de Nick Boström.

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A