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U

m bilhão de dólares nunca pareceu

algo tão simples a alcançar na terra

das

start-ups

(empresas iniciantes ou

embrionárias).

Durante os últimps 12 meses, o

The Wall

Street Journal

e a empresa de pesquisa Dow

Jones Venture-Source monitoraram ativa-

mente empresas de capital fechado avalia-

das em

US$ 1 bilhão

ou mais por investido-

res de risco. Tal cifra, redonda e arbitrária,

há muito é considerada uma conquista qua-

se mítica do Vale do Silício.

O filme

A Rede Social,

sobre o Facebook,

inseriu essa ideia no mundo empresarial

norte-americano (“Um milhão de dólares

não é bom. Você sabe o que é bom? Um

bilhão de dólares.”)

Pois é, alcançar uma avaliação de US$

1 bilhão não é mais uma raridade. Segun-

do a análise do

The Wall Street Journal

, pelo

menos

73 empresas de capital fechado no

mundo estão avaliadas em US$ 1 bilhão

ou mais

por investidores de risco, ante ape-

nas um punhado alguns anos atrás – e 35

durante o pico da bolha das pontocom em

2000, a valores ajustados pela inflação.

O incrível é que o número de empresas

que valem US$ 10 bilhões ou mais dobrou

para oito nos últimos 12 meses, sendo que

duas delas – a fabricante de

smartphones

Xiaomi vale US$ 46 bilhões e o aplicativo

de serviços de táxi Uber

está avaliado em US$ 41,2

bilhões – têm agora um va-

lor muito maior que muitas

empresas de capital aberto

conhecidas, como a Sony e

a Hertz.

No que se refere à em-

presa Xiaomi, deve-se recor-

dar que há cinco anos ela

foi criada e o seu nome sig-

nifica

“pequeno arroz”

.

Ela

surgiu do nada para se tornar a marca de

dispositivos móveis que mais vende esses

aparelhos na China.

Entretanto, o clube

das start-ups

de

US$ 1 bilhão é ainda uma elite. Seus 73

membros representam apenas 0,4% das

cerca de 16.700 empresas de capital fe-

chado que receberam capital de risco desde

2011 e ainda estão ativas – o universo do

clube – e uma fatia ainda menor do univer-

so completo das

start-ups

, incluindo as que

nunca captaram recursos. Também é evi-

dente que nenhum dos membros do clube

é uma aposta infalível, pois nesses últimos

12 meses houve baixas.

Quem quiser mais detalhes sobre esse

tema deveria ler o artigo

The Age of Unicorns

,

escrito por Erin Griffith e Dan Primack, publi-

cado na revista

Fortune

(1/2/2015).

A ESPETACULAR ASCENSÃO

DA

START-UP

XIAOMI QUE

VALE HOJE US$46 BILHÕES

START-UPS

A revista

Fortune

no

número de 1/2/2015 deu

muitos detalhes sobre as

start-ups

que valemmais

de US$1 bilhão.

O fundador da Xiaomi, Lei Jun fazendo

a divulgação do seu telefone.

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