ENTRETENIMENTO
O
teatro Santander foi inaugurado ofi-
cialmente em 24 de março de 2016,
com a apresentação do musical
We
Will Rock You
. Com uma capacidade total
para até 2085 expectadores, o teatro San-
tander consumiu um investimento superior
a R$ 100 milhões feito pelos grupos W Tor-
re e Iguatemi, com
naming
rights
(direito de
atribuição do nome ou marca) adquiridos
pelo banco espanhol pelo prazo de 12 anos
renováveis por mais oito.
Esse espaço é de uso
múltiplo
– o pri-
meiro desse tipo no País – e poderá receber
desde grandes musicais, concertos, desfiles
de moda,
shows
e dramaturgia até eventos
corporativos, entre outros, graças a um sis-
tema de recolhimento automático das pol-
tronas e de varas cênicas automatizadas, o
que possibilita a mudança de configuração
do local em pouco tempo. A construção exi-
giu 60 mil blocos de vidro importados da
República Tcheca e uma iluminação de LED
(
light emithing diode
, ou seja, diodo emissor
de luz) controlado por computador.
A fachada do teatro foi projetada pelo
arquiteto Edu Rocha e o projeto de desen-
volvimento foi assinado pelo escritório de
arquitetura norte-americano Eskew + Dumez
+ Ripple (EDR), que entre outras obras criou
o Acadiana Center for the Arts e o The Show
Center for the Arts, ambos nos Estados da
América (EUA).
Com essa inauguração do teatro San-
tander, São Paulo amplia seus espaços
capazes de abrigar com eficiência grande
eventos como musicais de porte que neces-
sitam, por exemplo, fosso para orquestra e
até agora na capital paulista as premiações
privadas de maiores proporções se concen-
tram nos teatros Alfa, Bradesco e Renault.
O espetáculo escolhido para a inaugura-
ção do teatro Santander foi o musical
We
Will Rock You
. O autor do musical
We Will
Rock You
(
WWRY
), o comediante Ben Elton,
baseou-se nas canções da banda Queen
e a estreia ocorreu em Londres em 2002.
Ele foi ajudado pelos dois músicos remanescentes da banda, Brian
May e Roger Taylor. Desde então, o musical já foi visto por mais de
16 milhões de pessoas em 17 países.
A intenção clara de Ben Elton foi partir de uma lenda que é a
banda Queen e daí ele criou uma nova história lutando contra as
grandes corporações e o perigo da globalização – moças e rapazes
que querem eliminar sua individualidade e demonstrar o seu amor
pela música. Como eles demandavam por heróis, foram lhes ofere-
cidos dois: o sonhador Galileo e a audaciosa Scaramouche.
O alemão Uwe Peterson, que dirige as diversas montagens de
WWRY
pelo mundo, veio para São Paulo em novembro de 2015
para, junto com o coreógrafo Philip Comley, o supervisor musical
Stuart Moley e a produtora brasileira Almali Zraik montarem o elen-
co e ensaiarem o musical. Comentou Uwe Peterson: “Quem vier ao
WWRY
notará que se trata de uma combinação entre um musical e
um
show
de
rock
. Nenhuma das canções foi traduzida para o portu-
guês, pois essas canções da banda Queen são poderosas demais
para resistir em um outro idioma.
Notei que o ator brasileiro é bem diferente do europeu e do ale-
mão, em particular. Na Europa, a dificuldade maior é que a
emoção
aflore num ator. Aqui no Brasil, ele vem em abundância, o que me
obrigou a trabalhar com cada um especificamente até encontrar
a dose certa. Busquei orientar de forma cuidadosa cada um dos
integrantes do elenco, para que eles conhecessem bem seus per-
sonagens.”
Um fato é indiscutível: não é nada fácil representar a banda
Queen, e, em especial, Freddie Mercury, o vocalista que a liderou,
que vendeu mais de 300 milhões de discos.
SÃO PAULO GANHA O PRIMEIRO
ESPAÇOMULTIUSO
E O INAUGURA
COMUM EXCELENTE MUSICAL!!!
Um aspecto do teatro Santander
que foi inaugurado com uma
apresentação da banda Queen.
18
C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A