mulada (na 12ª edição, a de 2014-2015, fo-
ram mais de 2,4 milhões de espectadores),
cobertura da imprensa escrita com muitos
milhares de artigos publicados, em especial
nos países por onde a prova parou, dos mui-
tos milhões de pessoas que ingressaram na
página oficial da regata e, principalmente, no
mais de 1 bilhão de pessoas que ouviram
algo sobre a VOR nas rádios!!! Estima-se que
o valor de publicidade na TV, ligada a VOR,
chegou a € 300 milhões e as equipes parti-
cipantes tiveram um retorno mídia em torno
de € 47,5 milhões.
Um porta-voz da Volvo explicou: “Apoia-
mos esse evento de iatismo pois trata-se
de um
esporte ambientalmente correto
,
que tem familiaridade com os valores Volvo
– baseados na
qualidade
,
segurança
e
res-
peito
ao
meio ambiente
–, e ainda reúne
outros atributos como ousadia, espírito de
equipe, coragem e determinação. Sentimen-
tos bastante valorizados também no mundo
corporativo em todos os lugares onde a Volvo
atua. Por exemplo, no Brasil, esperamos que
o iatismo deixe de ser um esporte de elite,
como foi o tênis, e se popularize. A visibili-
dade que a Volvo alcança por meio da VOR
ocorre dos esforços desenvolvidos em comu-
nicação, ao longo de oito meses, em todos
os países por onde a regata passa. Há um
grande entusiasmo nos meses que antece-
dem a chegada ao porto, a própria competi-
ção, e depois o reflexo de continuar sintoni-
zado na marca, acompanhando o desenrolar
da regata. Nos grandes mercados da Volvo,
como o europeu e o norte-americano, a valo-
rização dos esportes náuticos está para eles
como o futebol está para os brasileiros.
Em cada parada da regata, nasce uma
verdadeira Vila da Volvo em torno do porto
onde os barcos estão ancorados. É ali, na
Ocean Village, que se concentram os quar-
téis-generais das equipes, restaurantes, ba-
res, e também estandes de exposições dos
patrocinadores. Essas paradas duram em
média uns
18 dias
, quando muitas ativida-
des são desenvolvidas nessa Ocean Village,
atraindo dezenas de milhares de visitantes
e dando tempo para que os barcos façam
alguns reparos (sempre necessários...).
A última edição da VOR (ou seja, a 12ª)
começou em 11 de outubro de 2014 em
Alicante, na Espanha, e depois de percorri-
das 38.739 milhas náuticas (62.344 km),
terminou em Gotemburgo, na Suécia, em 22
de junho de 2015, tendo como vencedora a
equipe Abu Dhabi Ocean Racing, comandada
por Ian Walker.
De 5 a 19 de abril a regata parou em
Itajaí, no Estado de Santa Catarina, quando
houve uma grande movimentação de turistas
vindos do exterior e de outras partes do País
para acompanhar a chegada (e a partida)
dos sete barcos, o que movimentou extraor-
dinariamente economia não só na cidade,
mas de toda a região. Para todas as cidades
que receberam a VOR, o impacto econômico
foi positivo. Por exemplo, em Alicante, o valor
foi da ordem de € 9 milhões.
O dia 5 de abril de 2015 ficou marcado
no esporte náutico brasileiro com a chegada
dos barcos da VOR em Itajaí (aliás, na VOR
de 2011-2012, também ocorreu aí um
stopo-
ver
, ou seja, uma parada), no litoral catarinen-
se, quando se registrou a menor diferença
de tempo entre os veleiros na história num
percurso de mais de 12 mil km, partindo-se
de Auckland, na Nova Zelândia. Os primeiros
quatros barcos que chegaram a Itajaí termi-
naram a prova com menos de uma hora de
diferença entre eles. A explicação dada pe-
los especialistas foi o novo modelo, os Volvo
Ocean 65, de
design
único, ou seja, todos
eram iguais).
A vitória coube ao barco Abu Dhabi Ocean
Racing (que no final também foi a equipe ven-
cedora...), seguido pelo barco MAPFRE, que
entre os seus integrantes tinha o brasileiro e
catarinense André “Bochecha” Fonseca. De-
pois vieram Team Alvimedica e Team Brunel.
Recebido como um verdadeiro herói, o brasi-
leiro André “Bochecha” Fonseca conduziu o
barco MAPFRE nos momentos finais. Ele, um
atleta olímpico, declarou: “Foi incrível essa
recepção de milhares de pessoas que lota-
ram a ‘Vila da Regata’ e os molhes de Itajaí e
Navegantes para aplaudir a nossa chegada.’
A 13
ª
edição (2017-2018) sairá mais
uma vez de Alicante, na Espanha, resta sa-
ber se mais uma vez passará em Itajaí, ou
será que vai se perder esse evento pelos
diversos motivos que estão desqualificando
o Brasil internacionalmente nos campos eco-
nômico, social e político, apesar de o País ter
promovido a Copa do Mundo de Futebol de
2014 e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro
de 2016?
Será que não se poderia sonhar de um
dia o
stopover
da VOR ser na marina da Rivie-
ra de São Lourenço, que fica bem próxima de
São Paulo, para onde poderiam voar turistas
de todas as partes do mundo?
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M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 6