I
nicialmente, vale a pena recordar como
surgiu a Volvo Ocean Race (VOR).
Em 1971, em uma roda de amigos, sur-
giu a ideia de criar o
“Everest da vela”
, ou
seja, uma viagem de 27 mil milhas náuticas
(pouco mais de 43 mil km) que levaria os
velejadores a conviverem com condições ex-
tremas: tempestades, mar revolto,
icebergs,
baleias, ondas gigantescas ou calmarias.
Uma corrida dessas proporções exigiria por-
tos e fiscais espalhados pelo planeta, para
garantir
legitimidade
. Até 1971, barcos par-
ticulares não participavam de aventuras des-
se tipo... É verdade que uma regata de volta
ao mundo já tinha sido realizada em 1967,
com final desastroso:
dos oito barcos que
largaram, só um chegou ao final
!!!
Com tantas dificuldades que surgiram
nessa
“maratona de volta ao mundo”
, ela
foi salva pela Marinha Real da Inglaterra, que
considerou uma corrida desse porte como
uma boa oportunidade de treinamento para
seus oficiais!?!?
Depois de obter esse apoio oficial, apare-
ceu o patrocínio privado. Em 8 de setembro
de 1973, 17 barcos, de sete países, com
167 tripulantes, largaram da base naval de
Portsmouth, na Inglaterra, para a primeira
volta ao mundo. Catorze barcos conseguiram
chegar ao final da travessia. Surgiu assim a
Whitbread Round the World Race
. Na edição
1997-1998, a empresa Volvo entrou como
patrocinadora e o troféu passou a levar o seu
nome. Essa sua influência aumentou mais
ainda quando, na edição de 2001-2002,
a Volvo assumiu também a organização e
a competição passou a se chamar
Volvo
Ocean Race (VOR)
.
Na sua 9
ª
edição (2005-2006), a VOR
contou com sete barcos, 84 velejadores e
uma das paradas foi no Rio de Janeiro. Além
disso, houve a participaçãp do barco
Brasil
1
sob o comando de Torben Grael e outros
velejadores brasileiros, que acabou ficando
em
terceiro lugar
.
Na época, o capitão do
Brasil 1
, Torben
Grael, disse: “Esse é um projeto pioneiro e
vai abrir mais ainda as portas para a vela
brasileira. Apesar de todas as dificuldades
naturais, conseguimos cumprir os cronogra-
mas de construção do barco no Brasil. Este
foi um desafio enorme, visto que o material
foi importado de vários países do mundo. Na
viagem experimental que fizemos do Brasil
para Portugal, os nossos velejadores Marce-
lo Ferreira, Kiko Pellicano, André Fonseca e
Joca Signorini conseguiram se entrosar com
os outros companheiros, os australianos
Adrienne Cahalan e Justin Clougher, os es-
panhóis Guillermo Altadill e Roberto “Chuny”
Bermudez, o neozelandês Stuart Wilson e no-
rueguês Knut Frostad.”
Enquanto os velejadores buscam ir ao
extremo da aventura, as empresas que pa-
trocinam os barcos e a própria competição
estão de olho nos bons negócios que podem
ser gerados com a divulgação de suas mar-
cas nos programas de TV, na audiência acu-
VOCÊ SABE QUAIS SÃO AS
VANTAGENS QUE AUFEREMAS
CIDADES ONDE OCORREMAS
PARADAS DA
VOLVO OCEAN RACE?
ENTRETENIMENTO
JOSE LLEDO / SHUTTERSTOCK.COM
Uma imagem da partida da VOR, a mais
importante competição náutica do mundo.
14
C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A