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EMPREENDEDORISMO

I

srael, uma nação com cerca de 8 milhões

de habitantes, tem aproximadamente 6 mil

start-ups

(empresas iniciantes), algumas

que já alcançaram destaque mundial, como

foi o caso do Waze, que o Google comprou

em 2013 por quase US$ 1 bilhão. É por isso

que o país é conhecido como a

“nação das

start-ups

. Nota-se que o Brasil, que tem uma

população 26 vezes maior que a de Israel, de

acordo com a Associação Brasileira de

Start-

-ups

(ABStartups), tinha, no início de 2016,

só 4.100

start-ups

em operação.

Acredita-se que o principal motivo para

o sucesso do ecossistema de

start-ups

de

Israel tem tudo a ver com a jornada que os

jovens enfrentam muito antes de pensar em

empreender. Em Israel, o serviço militar é

compulsório, pois a nação está cercada por

nações adversárias desde que declarou sua

independência em 1948. E aí o Exército is-

raelense seleciona as mentes mais brilhan-

tes todos os anos para as suas unidades

estratégicas, como aquela com o código

8.200, que cuida da inteligência e ciber-

segurança. Nela, os escolhidos recebem

treinamento altamente especializado e têm

acesso a informações estratégicas. Após o

período obrigatório (36 meses para homens

e 24 meses para mulheres), nem todos se-

guem carreira no Exército. Dessa maneira,

entre 3 mil e 5 mil técnicos talentosos são

colocados no mercado de trabalho israelen-

se todo o ano!!! Muitos deles tornam-se empreendedores. A esti-

mativa atual é que mais de mil

start-ups

israelenses foram criadas

por ex-integrantes da unidade 8.200. Essa lista inclui Uri Levine,

cofundador do Waze, que passou pela unidade como desenvolve-

dor; Gil Shwed, presidente executivo da Check Point, que inventou

o

firewall

, o

software

de segurança que atua como uma barreira de

proteção entre computadores e a Internet; e os fundadores da Mi-

rabilis, empresa que deu início à era dos mensageiros instantâneos

como o ICQ, também entre outros.

O epicentro da inovação em Israel é a cidade de Tel Aviv, com

um pouco mais de 400 mil habitantes (ficando atrás de Jerusalém),

sendo considerada a principal concentração de empreendedorismo

e

start-ups

. Nova Jerusalém, capital do país, era conhecida apenas

pelo turismo religioso, mas agora ela também desponta como um

novo polo de inovação de Israel, com cerca de 420

start-ups

.

O volume de investimentos em pesquisa e desenvolvimento

(P&D) em Israel corresponde a 4,5% do seu Produto Interno Bruto

(PIB), o que coloca o país em 2

º

lugar no mundo, atrás somente da

Coreia do Sul.

A

cibersegurança

é apontada como a prioridade para os próxi-

mos anos, um segmento que já reúne 250

start-ups

de alta tecno-

logia em Israel, responsáveis por um merca-

do avaliado em US$ 6,5 bilhões. Uri Levine

destacou: “É claro que o sucesso que obti-

vemos com o Waze fez com que as

start-ups

israelenses, nesses últimos anos, fixassem

metas e objetivos cada vez mais altos. O

ecossistema de

start-ups

ora existente em

Israel é absolutamente incrível, concentran-

do um grande número de empreendedores

e investidores. Só perdemos para o Vale do

Silício, lá na Califórnia, nos Estados Unidos

da América (EUA). Uns cinco anos atrás, não

havia nenhum unicórnio (

start-ups

com valor

superior a US$ 1 bilhão); entretanto, agora

podemos dizer que já temos cerca de dez

unicórnios e o número deles vai aumentar

cada vez mais no país.”

ISRAEL:

UMANAÇÃO

DE

START-UPS

BRIAN CASSELLA, CHICAGO TRIBUNE

O epicentro da inovação em Israel é a cidade

de

Tel Aviv

,

comumpoucomais de

4

00mil

habitantes

(ficando atrás de Jerusalém),

sendo considerada a principal concentração

de empreendedorismo e

start-ups

.

Israel, uma nação que impulsionou o surgimento de muitas

start-ups

tecnológicas.

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A