os clássicos, eles introduziram um in-
grediente surpresa: o
streetwear
.
Stefano Gabbana explicou: “Es-
tamos de olho na próxima geração.
Queremos atrair os filhos das nos-
sas clientes!!!”. Foi por isso que na
campanha da coleção masculina no
início de 2017 apareceram os filhos
de muitos nomes conhecidos, como
foi o caso de Rafferty Law (20 anos),
filho de Jude Law; Presley Gerber (17
anos), filho de Cindy Crawford; Bran-
don Thomas Lee (20 anos), filho de
Pamela Anderson e Tommy Lee; e
Gabriel Kane (21 anos), filho de Da-
niel Day-Lewis. Já no desfile femini-
no, a faixa etária entre as modelos
foi bem similar. Foram exibidos 100
looks
em 100 meninas.
Completou Stefano Gabbana:
“Nossa ideia foi oferecer um pacote
completo para que todos pudessem
desfrutar o nosso
lifestyle
(estilo de
vida).”
E foi um
lifestyle
exibido de modo
incrível!!!
Como parceiros e patrocinadores
do Teatro alla Scala de Milão e aman-
tes da música de Puccini, Toscanini e
Verdi, eles têm entrada autorizada
nesse, que é um dos grandes palcos
da ópera mundial. O desfile feminino,
por exemplo, foi no Laboratori Ansal-
do do alla Scala, um edifício onde são
confeccionados os figurinos usados
nas óperas.
As influências e inspirações das
roupas Dolce & Gabbana refletiam
um
mix
cultural, reforçando estereó-
tipos e apresentando novas versões
para antigas personagens da ópera
italiana como a gueixa de
Madame
Butterfly
e outras princesas.
Com tudo isso, a
alta moda
acaba
sendo um extraordinário
entreteni-
mento
, principalmente para quem
tem dinheiro para gastar. Mas, por ou-
tro lado, serve também de inspiração
para que uma empresa como a Zara
a adapte, reduza o seu preço e venda
para milhões de clientes, não é?
APRENDENDO A GERENCIARMELHOR SEUS
NEGÓCIOS COMO
AUXÍLIO DAMÚSICA!!!
MÚSICA
D
aniel Fernandes e Marco Bezzi são os au-
tores do livro
Como o Rock Pode Ajudar
Você a Empreender
, no qual traçam de
modo bem didático um paralelo entre bandas
de
rock
e o mundo dos negócios!!!
Daniel Fernandes explicou: “O que me inspi-
rou a escrever um livro usando a vida de uma
banda para orientar melhor os empreendedo-
res que rumo deveriam dar aos seus negócios
foi uma emblemática apresentação em São
Paulo, de Bruce Springsteen, em 2013.
Foi um
show
maravilhoso que durou três ho-
ras e meia!!!
Estranho era que não tinha muita gente e,
mesmo assim, ele mostrou seu comprometi-
mento gigantesco com o público.
O Bruce Springsteen é um artista diferenciado e que procura dar seu
melhor sempre, independentemente da situação.”
Realmente as situações vivenciadas pelos artistas e pelos que abrem
start-ups
são bem semelhantes, ainda que em diferentes proporções.
A maioria das bandas com algum nível de sucesso, de uma maneira ou
de outra, de forma organizada ou não, constitui tambémuma empresa!!!
No seu livro Daniel Fernandes e Marco Bezzi, além de Bruce Springs-
teen, citam Eric Clapton, Beatles, Kiss, Guns’N’Roses, Capital Inicial, Dead
Fish, David Bowie e Pearl Jam, que são discutidos em seus nove capítulos.
Por exemplo, David Bowie é atrelado ao processo de
reinvenção
e
lon-
gevidade
.
OGuns’N’Roses, mais especificamente, à relação entre Axl Rose e Slash,
foi utilizada para exemplificar a importância do trabalho em equipe, já
que o grupo, pelas constantes brigas entre os dois, sempre teve dificul-
dades para estabelecer uma formação clássica e eficiente de seu grupo.
Já a “franquia” Kiss é ummodelo bem-sucedido a ser seguido principal-
mente por aqueles que querem sobreviver vivendo de música.
Para escrever esse livro, Daniel Fernandes e Marco Bezzi precisaram
entrevistar especialistas em economia e empreendedorismo, além de ar-
tistas nacionais com trajetórias que se encaixam no tema da obra, como
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, e Rodrigo Lima, líder do
Dead Fish.
Além dos músicos, a dupla de escritores também entrou em contato
com produtores musicais de larga experiência no mercado, como, por
exemplo, Rick Bonadio.
David Fernandes declarou: “O
rock
acopla histórias de sucesso e fracas-
so como nenhum outro gênero musical.
Tanto para as bandas como também para as empresas nos mais diver-
sos setores, dinheiro e sucesso não podem ser os únicos objetivos. Eles,
na verdade, precisam ser uma consequência do bom desempenho delas.
Os líderes das bandas (empresas) precisam ter isso sempre emmente.”
Que bom que alguém, no caso Daniel Fernandes e Marco Bezzi, en-
xergaram que existiam muitas coisas que os empreendedores dos mais
diferentes setores podem aprender bastante com as bandas de sucesso,
ou seja, da música, um dos importantes setores da
economia criativa
!!!
O interessante livro
de Fernandes e Bezzi.
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J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 7