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MODA

A

indústria global de moda

enfrentou

em 2016 um dos

anos mais difíceis

,

influenciada pelos terroristas na

França, a decisão do Reino Unido de sair da

União Europeia (UE), pela volatilidade do

mercado acionário chinês, no qual as gran-

des marcas da moda obtinham enormes

retornos, e pelas turbulências nas eleições

nos Estados Unidos da América (EUA), que

terminaram com a não prevista vitória de

Donald Trump.

Mesmo assim, o setor fechou o ano com

um

crescimento de 2,5%

estimado pela

consultoria McKinsey, que acredita que em

2017 a moda vai crescer até

3,5%

, graças às

expectativas de um aquecimento na econo-

mia mundial, com crescimento do Produto

Interno Bruto (PIB) global de 3,4%, ante

3,1% em 2016 (e vamos torcer para que o

Brasil volte a crescer pelo menos 0,5%...).

Em 2017, haverá crescimento em todas as

categorias (roupas esportivas, bolsas e ma-

las, relógios e joias, calçados e outros aces-

sórios).

O estudo da McKinsey mostrou que o

setor de moda tem sido um dos principais

geradores de

valor para a economia mun-

dial

. Aliás, nos últimos dez anos, o lucro do

setor apresentou uma taxa média anual de

8%. Esse crescimento é impulsionado prin-

cipalmente pelo aumento nas margens de

vendas e na eficiência de capital. No entan-

to, a maior parte do lucro foi captada por

20% (!?!?) das empresas do setor.

As empresas mais lucrativas foram Adi-

das, Burberry, Chow Tai Fook, Richemont,

Fast Retailing, Hermès, H&M, Inditex (dona

da Zara), LB, Luxottica, LVMH, M&S, Mi-

chael Kors, Next, Nike, Nordstrom, Pando-

ra, Prada, Ralph Lauren e TJX.

Porém, em 2017, além das questões ma-

croeconômicas e políticas, o setor de moda

está cada vez mais atento ao aumento da

competição com empresas de comércio ele-

trônico e a guerra de preços travada princi-

palmente por redes de varejo populares.

Na realidade, a moda continua cada vez

mais exuberante, pois no seu meio atuam

pessoas geniais e muito criativas como os

italianos Domenico Dolce e Stefano Gab-

bana, que desde 1985 estão juntos e lidam

com maestria com o grande desafio de

todas as grifes, ou seja, manter um pé

na

tradição

, reafirmando sempre suas convic-

ções de estilo, e o outro no que é

novo

e

tem

frescor

.

No mais recente desfile de alta moda,

no início de 2017, a dupla de estilistas exi-

biu vestidos de festa,

smokings

e peças de

gala em alfaiataria, casacos de pele e joias

pesadas. Uma coisa mais exuberante do

que a outra, com estampas pintadas à mão,

rendas finas, bordados muito rebuscados e

detalhes excêntricos. Só que agora, entre

TUDO INDICA QUE O

SETOR DA

MODA

VAI CRESCER EM 2017!!!

Um aspecto

do desfile dos

italianos Dolce

e Gabbana em

Milão em janeiro

de 2017.

20

C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A