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TURISMO

E

continua a queda de braço ente a pre-

feitura de Amsterdã e parte de sua

população. No centro da polêmica

está o que ocorre num dos mais célebres

bairros boêmios da cidade: o Red Light Dis-

trict (“distrito da luz vermelha”). Situado

no centro, a região é conhecida no mundo

todo não apenas por seus bares, ou seja,

por suas cafeterias (os

coffee shops

) de ma-

conha, mas também por suas famosas vitri-

nes de prostituição.

Preocupada com a clara (ou suposta)

degradação da região, a administração mu-

nicipal resolveu intervir… Uma das razões

alegadas pela prefeitura é a explosão da

densidade populacional causada pelo

tu-

rismo de massa

. Nesses últimos tempos,

Amsterdã, assim como Veneza ou Barce-

lona, vem sendo vítima da

invasão

de es-

trangeiros à procura de pontos turísticos,

particularmente os exóticos.

Embora não abrigue a sede do governo

do país – localizada em uma cidade próxi-

ma chamada Haia – Amsterdã é a capital

da Holanda e possui 850 mil habitantes. Ela

tem recebido algo próximo de 5,5 milhões

de turistas por ano, o que origina uma po-

pulação média flutuante de mais de

458

mil pessoas por mês

!!!

Um dos efeitos nefastos dessa dinâmica

é a

inflação

, que torna a cidade

mais cara

para os seus moradores. Além disso, ino-

vações como o Airbnb – um sistema que

oferece aluguéis de curta duração –, por

exemplo, também têm afetado a oferta de

imóveis para os que vivem em Amsterdã.

Estes não apenas têm menos opções, mas

se veem obrigados a pagar mais caro pelos

aluguéis.

Num comunicado feito pela prefeitu-

ra de Amsterdã em 2017, ressaltou-se:

“A intenção da administração municipal é

aprimorar a qualidade de vida do centro

da cidade e, neste sentido, vamos intervir

e fechar os locais que atraem

turistas in-

desejáveis

– os que vêm para cá somente

para comprar maconha nessas ‘cafeterias’.

O fato é que algumas áreas do distrito da

luz vermelha estão de fato tomadas pelo

comércio de maconha. Na rua que beira o

canal de Oudezijds Voorburgwal, uma úni-

ca rede de cafeterias, a

Bulldog

– que hoje

reivindica para si o posto de ‘a mais antiga

de Amsterdã’ – tem pelo menos três lojas.”

O FECHAMENTO

DAS

“CAFETERIAS”

DE AMSTERDÃ PODE

AFETAR O TURISMO!

Um vista noturna do

Red Light District

.

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A