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CURIOSIDADES

E

stamos navegando cada vez mais fre-

neticamente no espaço virtual. E aí

uma enxurrada de estímulos dispersa

bastante nossa atenção e a nossa possi-

bilidade de adquirir conhecimentos, pois

estamos ficando cada vez mais

reféns da

superficialidade

. Estamos perdendo o

contexto e a nossa sensibilidade crítica.

Alguns acham que essa fragmentação

dos conteúdos pode transmitir certa sensa-

ção de liberdade e permite o acesso a mais

informações. Mas isso não é verdade, pois

a grande maioria delas não conseguimos

guardar para eventualmente construir refle-

xões mais profundas.

Vivemos na época do jornalismo cada vez

mais burocrático e até insosso; que se deve

provavelmente ao despreparo ou falta de co-

nhecimentos dos repórteres ou dos articulis-

tas. Mas é o

prestígio

de qualquer comuni-

cação (ou publicação), quando ela ilumina a

cena, é que constrói uma história verídica.

Assim, a apuração de mentiras de forma inade-

quada acaba sendo uma grave agressão à éti-

ca e à qualidade informativa. Matérias previa-

mente decididas em guetos sectários buscam

a cumplicidade da imparcialidade aparente!!!

A DISPERSÃO DA

INTELIGÊNCIAHUMANA

NO

OCEANO DE INFORMAÇÕES

A decisão de ouvir o outro lado com fre-

quência não é honesta, não se fundamenta na

verdade, mas mesmo assim vale-se dos arti-

fícios que transmitem uma ideia de isenção,

quando de fato a imparcialidade é uma

ficção

.

E como bem disse Carlos Alberto di Fran-

co no seu artigo

Jornalismo, alma e rigor

,

publicado no jornal o

O Estado de S. Paulo

(2/2/2015): “Sem um bom jornalismo pú-

blico, independente e qualificado, o futuro

da democracia é incerto e preocupante. O

valor dele se chama informação de alta qua-

lidade, talento, critério, ética, inovação.”

Caro leitor da

Criática

, qual é a sua opi-

nião sobre o que se tem escrito nos nossos

jornais e revistas, falado e mostrado nos

rádios e nos canais de televisão e enviado

para o mundo pela

Web

?

Você consegue confiar no que lê, ouve ou vê?

Estamos perdendo o

contexto

e a nossa

sensibilidade crítica

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