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cemos –, são capazes de deduzir tudo de

que precisam (inclusive nossa tendência

de voto) para nos encantar com suas ofer-

tas. Eles “descobrem” através do

big data

,

de que maneira devem personalizar os

anúncios que visualizamos ao visitar

sites

de notícias ou de compras, especialmente

com as suas ofertas.

Essa ferramenta já permitiu a um sele-

to grupo de empresas obter o

big data

e,

assim, manipular os “desejos” de cente-

nas de milhões de pessoas, fazendo com

que elas adquirissem objetos e até mesmo

participassem de atividades desnecessá-

rias!!! É triste chegar a essa conclusão,

mas a posse do

big data

garante a certas

organizações o poder de manipular multi-

dões!!! Afinal, estima-se que o Facebook

tenha mais de 100 milhões de usuários

apenas no Brasil (no mundo são quase 2

bilhões...) e que o Google fature 10% de

sua receita mundial em nosso País.

E

onde reside o sucesso do Google

?

Em sua capacidade de segmentar a men-

sagem publicitária. Porém, é obvio que

essa mesma precisão pode, de algum

modo, ser utilizada a favor da viralização

de notícias falsas ou até “irritantes”. Neste

sentido, o Google anunciou que em breve

lançará uma tecnologia capaz de blo-

quear anúncios “irritantes” e que pre-

judicam a navegação – como

pop-ups

, por exemplo, que

são janelas de anúncios

que abrem automatica-

mente na tela e “obrigam”

os usuários a esperar até 10 s

antes de acessar a informa-

ção desejada. As empresas

de mídia, por sua vez, pas-

sarão a ter acesso a uma

ferramenta que informará

a elas quais propagandas

são “inconvenientes”.

Recentemente o Fa-

cebook também anun-

ciou que iria contratar

3 mil

moderadores

– ou censores

–, com o objetivo de evitar o

uso da rede para disseminar

crimes, imagens pornográfi-

cas ou violentas, e a apologia ao terro-

rismo. Isso é um bom começo, mas está

muito longe de impedir que

notícias falsas

circulem na rede, não é?

Claro que todas

as redes sociais deveriam fazer o mesmo e

adotar comportamentos e processos que

minimizem a circulação de notícias menti-

rosas e a pronta identificação dos

sites

que

as propagam.

Afinal, não se pode deixar

que a Internet seja usada sem a devida

responsabilidade.

E onde reside o sucesso do

Google

? Em sua capacidade

de segmentar a mensagem

publicitária. Porém, é obvio

que essa mesma precisão

pode, de algummodo, ser

utilizada a favor da viralização

de notícias falsas ou até

“irritantes”

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