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ARTES VISUAIS

8

C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

ARTES CÊNICA

E

m 11 de junho desse ano ocorreu em

Nova York, nos Estados Unidos (EUA), o

evento para a entrega do Tony Awards

2017, um prêmio tão importante para o

teatro quanto o Oscar para o cinema.

Os musicais são, sem dúvida, as grandes

estrelas da Broadway. É ali que estão prati-

camente todos os grandes teatros de Nova

York, uma cidade que respira esse tipo de

arte 365 dias por ano. É na

Big Apple

que

esse tipo de representação artística rece-

be o tratamento de

“patrimônio cultural”

,

e se revela estratégica para a pujança do

turismo, do comércio e da economia nova-

-iorquinas.

Apesar de os espetáculos teatrais sem

música também terem alcançado grande

visibilidade e atraírem multidões, são os

musicais que permanecem muitos anos

em cartaz e agradam mais aos turistas. De

fato, muitos especialistas acreditam que a

temporada 2016-2017 tenha sido (e con-

tinue sendo) muito especial e até mesmo

esfuziante, uma vez que estiveram (e, em

alguns casos, ainda estão) no palco estrelas

de renome mundial.

E falando dos premiados,

Dear Evan

Hansen

ganhou o Tony 2017 como

melhor

musical

e recebeu seis estatuetas, incluin-

do as de melhor ator em musical para o

protagonista Ben Platt, um novato de 23

anos; melhor atriz coadjuvante, para Ra-

chel Bay Jones; melhor libreto; melhor tri-

lha sonora e melhor orquestração.

Em

Dear Evan Hansen

, relata-se uma

histórica melancólica na qual um jovem

sofre de grave ansiedade e entra em co-

lapso ao saber da morte de um colega de

sala). A direção do espetáculo optou pela

vertente que é hoje a mais valorizada no

teatro nova-iorquino: o binômio

pouco

efeito

e

muita verdade

. Todavia, embora

sua música seja realmente de alta quali-

dade, os arranjos parecem abusar no uso

de guitarras “

folk

”, uma técnica que se tor-

naria um tanto cansativa para os

habitués

desses musicais.

Como quase todos já previam, Bette

Middler – a diva dos musicais – finalmente

ganhou o seu Tony de melhor atriz por sua

performance

em

Hello, Dolly!

Como disse

o especialista em teatro, Claudio Botelho,

do jornal

O Estado de S. Paulo

: “Esse mu-

sical é uma espécie de joia raríssima, onde

tudo é perfeito.

O texto foi adaptado a partir de uma

comédia de Thorton Wilder (um dos pais

do moderno teatro norte-americano) e

as músicas são de Jerry Herman, o mais

melodioso e emocional criador de can-

ções que a Broadway já teve desde Irving

Berlin. A remontagem, por sua vez, contou

com a assinatura do diretor Jerry Zacks,

um dos poucos capazes de recriar tão

bem uma obra dos anos 1960 como

Hello,

Dolly!

Com o requinte de não fazer uma

única concessão a qualquer modernidade

gratuita, ele sempre consegue entregar ao

espectador o mesmo brilho do original,

como se o

show

tivesse sido criado on-

AGORA EMSP

OS GANHADORES

DO PRÊMIO DE 2017