Na Riviera de São Lourenço já temos
trabalhando mais de 5 mil pessoas direta-
mente e mais outras 5 mil indiretamente e
o bairro gera R$ 160 milhões de renda por
ano para Bertioga.
Sente-se claramente que existe uma ten-
dência de uma permanência prolongada das
pessoas durante a semana. O visitante vem
com a família na quinta-feira à noite e volta
na segunda-feira pela manhã, principalmen-
te para São Paulo.
Cerca 95% das pessoas têm aqui a sua
segunda residência.
O nosso plano daqui para frente é ten-
tar reverter um pouco isso por meio de em-
preendimentos que fixem mais as pessoas,
deem a elas oportunidade de desenvolver
seu trabalho aqui.
Temos o projeto de construir um hotel
cinco estrelas, com mais de 350 quartos,
com um centro de convenções, para fazer
com que a Riviera tenha movimento mais
significativo durante o ano inteiro.
Duas empresas estão fazendo o cabea-
mento com fibra óptica de todo o bairro, o
que vai possibilitar bons serviços de ima-
gem, dados de voz entre outros.
Com a virtualização de quase tudo, as
pessoas não precisam estar em um escritó-
rio o tempo todo e podem tocar o seu traba-
lho daqui mesmo.
É verdade que um ‘bairro-cidade’ não se
faz da noite para o dia.
A Riviera já tem quase 36 anos de exis-
tência e vamos fazendo o que o mercado
consegue absorver.
Mas é nosso objetivo incrementar as
operações comerciais e de serviços, que
tragam mais dinamismo e fixação de mão
de obra no local, para que possamos au-
mentar a circulação de riqueza no local.
Além disso, contamos com a abertura de
uma marina, que acontecerá em breve. Isso
seguramente atraíra pessoas que adoram
passear de barco!”
Não se pode esquecer que vivemos num
planeta no qual já vivem cerca de 7,25 bi-
lhões de pessoas e, com isso, aumenta
cada vez mais a preocupação em alimentar,
vestir, ter emprego e dar contexto a toda
essa gente que está exaurindo cada vez
mais os recursos naturais da Terra.
Nesse sentido, um dos principais desa-
fios é produzir uma nova
revolução agrícola
,
que atenda não só às necessidades bási-
cas, mas também ao paladar mais exigente
da população emergente.
Gerar energia
para produzir bens e
serviços sem emitir gases poluentes que
agravam as mudanças climáticas exigirá
decisões difíceis, em diversos casos impo-
pulares.
Porém, uma população cada vez maior
na Terra significa mais
cérebros criativos
capazes de nutrir uma
revolução tecnoló-
gica verde,
que permita que mais pessoas
possam viver em recantos como a Riviera
de São Lourenço e, nessa época de inten-
sa urbanização, tornar as nossas cidades
ao menos mais inteligentes, amenizando os
seus problemas com o trânsito, com o lixo,
com a falta de espaços verdes e boas ha-
bitações.
Vivemos, infelizmente, num mundo re-
pleto de
ecochatos
e
ecocéticos
, cada um
deles defendendo o seu ponto de vista de
forma muito agressiva.
Os primeiros são aqueles ambientalistas
radicais e para eles é o aquecimento global
– provocado por vários fatores – o respon-
sável por todos os desastres naturais que
já aconteceram e que vão acontecer com
maior frequência e intensidade, se não fo-
rem tomadas medidas drásticas para se ter
sustentabilidade no planeta.
Do outro lado estão os ecocéticos, que
querem limpar a “barra dos seres huma-
nos” a qualquer custo.
Eles argumentam, por exemplo, que a
atividade vulcânica como a que tem ocorri-
do na Islândia é mais decisiva para o aque-
cimento global do que muitas das ações
humanas, apesar de estudos científicos
comprovarem que os humanos emitem 135
vezes mais gás carbônico (CO
2
) do que os
vulcões.
Na realidade, não existem vilões ou mo-
cinhos na sustentabilidade, pois
todas
as
atividades têm um
lado sujo
por trás.
Gerar energia
para produzir
bens e serviços sem emitir
gases poluentes que agravam
as mudanças climáticas exigirá
decisões difíceis
, emdiversos
casos impopulares
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