TV
E
m outubro de 2015, estreou na TV nor-
te-americana a série
Supergirl
, ingres-
sando numa paisagem cultural na qual
as super-heroínas têm quase tantas oportu-
nidades de combater o crime quanto seus
colegas homens, além de também exercer o
papel de
protagonistas.
Desde que a DC Comics lançou a
Super-
girl
como a prima do Superman na década
de 50, as heroínas e vilãs se multiplicaram
nas histórias em quadrinhos (HQs). No en-
tanto, essa presença não ocorreu nas telas.
Além de
Supergirl
,
Jessica Jones
, da Netflix,
estreou em 2015. E tirando essas duas pro-
duções, não há novos filmes baseados em
super-heroínas da DCS e da Marvel previstas
para chegar às telas. A produtora executiva
de
Supergirl
, Ali Adler, enfatizou: “Acho que
não é novidade o fato de as mulheres serem
poderosas. Acredito que finalmente estamos
todos de acordo em não continuar a fazer se-
gredo sobre isso.”
No nascimento das HQs sobre super-he-
róis – antes da Segunda Guerra Mundial –,
não havia dúvidas de que personagens como
a Mulher Maravilha pudessem ser protagonis-
tas dessas histórias. Elas eram agressivas,
tomavam iniciativa e tinham suas próprias
aventuras. Com o tempo, porém as persona-
gens tiveram suas garras arrancadas e, por
exemplo, Lois Lane virou uma personagem
que só queria se casar com o Superman.
Tirando a série
Mulher Maravilha
dos
anos 1970, a maioria das adaptações de
HQs para o cinema e a televisão girou em
torno de protagonistas homens, como Super-
man, Batman e Homem Aranha.
Numa cena as série
Supergirl
, uma assis-
tente do noticiário, Kara Danvers (interpreta-
da por Melissa Benoist, que é secretamente
a heroína do título) desafia sua chefe, Cat
Grant (Calista Flockhart) numa importante
questão semântica: não deveriam chamá-la
de Superwoman? Pergunta Kara: “Se a cha-
marmos de Supergirl, será que não seremos
culpados de antifeminismo?”. Enfatizando
que ela é também uma moça (
girl
) – podero-
sa, inteligente e atraente –, Cat Grant respon-
de: “O que você vê de tão ruim em
girl
?”. E
complementa: “Se você vê a Supergirl como
uma pessoa menos que excelente, será que,
na realidade, o problema não é você?”
Esse debate maluco e um tanto quanto
sincero que se passou em
Supergirl
reflete
toda a discussão que vem ocorrendo nas
HQs, na TV e no cinema.Greg Berlanti, tam-
bém produtor executivo da série, comentou:
“Embora
Supergirl
ofereça uma mistura de
ação, considerada ainda por muitos como
domínio exclusivo do público masculino, tam-
bém se apresenta um drama de relaciona-
mento – em geral, considerado mais atraen-
te para o público feminino – essas supostas
barreiras no século XXI não devem ser tão
rígidas. Isso porque, agora, as mulheres
também apreciam a ação e os homens, as
histórias em que entra a emoção. Todas as
pessoas têm capacidade de cruzar a frontei-
ra do gênero.”
Bem, você já viu algum episódio da série
Supergirl
(no Brasil passa no canal Warner).
O que achou? Ficou animado para assistir
todo o seriado?
A TELEVISÃO INVESTIU
NA
SUPERGIRL
!?!?
Tirando a série
Mulher Maravilha
dos anos 1970, a maioria das
adaptações de HQs para o
cinema e a televisão girou em
torno de
protagonistas homens
,
como Superman, Batman e
HomemAranha.
A série
Supergirl
– que é
interpretada por Melissa Benoist
– começou a ser exibida no
Brasil pela Warner a partir de
4/11/2015.
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