Table of Contents Table of Contents
Previous Page  47 / 52 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 47 / 52 Next Page
Page Background

TV

E

m outubro de 2015, estreou na TV nor-

te-americana a série

Supergirl

, ingres-

sando numa paisagem cultural na qual

as super-heroínas têm quase tantas oportu-

nidades de combater o crime quanto seus

colegas homens, além de também exercer o

papel de

protagonistas.

Desde que a DC Comics lançou a

Super-

girl

como a prima do Superman na década

de 50, as heroínas e vilãs se multiplicaram

nas histórias em quadrinhos (HQs). No en-

tanto, essa presença não ocorreu nas telas.

Além de

Supergirl

,

Jessica Jones

, da Netflix,

estreou em 2015. E tirando essas duas pro-

duções, não há novos filmes baseados em

super-heroínas da DCS e da Marvel previstas

para chegar às telas. A produtora executiva

de

Supergirl

, Ali Adler, enfatizou: “Acho que

não é novidade o fato de as mulheres serem

poderosas. Acredito que finalmente estamos

todos de acordo em não continuar a fazer se-

gredo sobre isso.”

No nascimento das HQs sobre super-he-

róis – antes da Segunda Guerra Mundial –,

não havia dúvidas de que personagens como

a Mulher Maravilha pudessem ser protagonis-

tas dessas histórias. Elas eram agressivas,

tomavam iniciativa e tinham suas próprias

aventuras. Com o tempo, porém as persona-

gens tiveram suas garras arrancadas e, por

exemplo, Lois Lane virou uma personagem

que só queria se casar com o Superman.

Tirando a série

Mulher Maravilha

dos

anos 1970, a maioria das adaptações de

HQs para o cinema e a televisão girou em

torno de protagonistas homens, como Super-

man, Batman e Homem Aranha.

Numa cena as série

Supergirl

, uma assis-

tente do noticiário, Kara Danvers (interpreta-

da por Melissa Benoist, que é secretamente

a heroína do título) desafia sua chefe, Cat

Grant (Calista Flockhart) numa importante

questão semântica: não deveriam chamá-la

de Superwoman? Pergunta Kara: “Se a cha-

marmos de Supergirl, será que não seremos

culpados de antifeminismo?”. Enfatizando

que ela é também uma moça (

girl

) – podero-

sa, inteligente e atraente –, Cat Grant respon-

de: “O que você vê de tão ruim em

girl

?”. E

complementa: “Se você vê a Supergirl como

uma pessoa menos que excelente, será que,

na realidade, o problema não é você?”

Esse debate maluco e um tanto quanto

sincero que se passou em

Supergirl

reflete

toda a discussão que vem ocorrendo nas

HQs, na TV e no cinema.Greg Berlanti, tam-

bém produtor executivo da série, comentou:

“Embora

Supergirl

ofereça uma mistura de

ação, considerada ainda por muitos como

domínio exclusivo do público masculino, tam-

bém se apresenta um drama de relaciona-

mento – em geral, considerado mais atraen-

te para o público feminino – essas supostas

barreiras no século XXI não devem ser tão

rígidas. Isso porque, agora, as mulheres

também apreciam a ação e os homens, as

histórias em que entra a emoção. Todas as

pessoas têm capacidade de cruzar a frontei-

ra do gênero.”

Bem, você já viu algum episódio da série

Supergirl

(no Brasil passa no canal Warner).

O que achou? Ficou animado para assistir

todo o seriado?

A TELEVISÃO INVESTIU

NA

SUPERGIRL

!?!?

Tirando a série

Mulher Maravilha

dos anos 1970, a maioria das

adaptações de HQs para o

cinema e a televisão girou em

torno de

protagonistas homens

,

como Superman, Batman e

HomemAranha.

A série

Supergirl

– que é

interpretada por Melissa Benoist

– começou a ser exibida no

Brasil pela Warner a partir de

4/11/2015.

47

N O V E M B R O / D E Z E M B R O 2 0 1 5