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Qual é o livro que sobreviverá: o de papel ou o digital?


O que melhor procurou responder essa pergunta foi Robert Darnton, diretor da biblioteca da Universidade de Harvard, de Boston, nos Estados Unidos da América (EUA), especialmente quando lançou, em 2009, a sua obra A Questão dos Livros, uma coletânea de ensaios sobre o passado, presente e futuro do livro!!! Nesta época, o e-book (o livro digital) estava ganhando força nos EUA e isso começou a se espalhar pelos outros países do mundo.

Na opinião de Robert Darnton, nesta segunda década do século XXI, a história do livro está sofrendo bastante o impacto da tecnologia, isso porque a Internet transformou o modo como os livros são produzidos, vendidos e lidos.

Numa entrevista para a articulista Maria Fernanda Rodrigues, publicada no jornal O Estado de S. Paulo (12/8/2016), que indagou Robert Darnton sobre a decepção de muitos leitores com os e-books, ele explicou: “Inicialmente, quero destacar que muitas pessoas adoram fazer declarações dramáticas ou apocalípticas como aquelas sobre a obsolescência das bibliotecas, do fim do livro impresso e agora inclusive do livro digital.

O que posso dizer é que a situação dos livros, tanto os impressos no papel como os digitais, é bem melhor que há 10 anos. E também as bibliotecas, ao menos nos EUA, estão num ótimo momento, sendo mais importantes do que nunca!!! Sobre a morte do e-book, as informações é que realmente em 2015 houve uma queda de vendas do livro digital – cerca de 13% a menos – e houve no país o aumento de livrarias independentes, que só vendem obras impressas.

Pode-se dizer que está havendo um revival do livro impresso; entretanto, isso não se aplica para o mercado de e-books.

Depois de um período de fascinação com o e-book, tudo está se estabilizando agora, o que significa que a demanda é estável. Além disso, é provável que seja verdade que diferentes tipos de leitura requeiram diferentes tipos de livros. As pessoas estão lendo mais literatura light (textos mais leves no que se refere ao conteúdo e apresentação) em e-readers e o impresso tende a atrair e estimular leituras mais profundas e meditativas.

Como resultado desse comportamento, está ocorrendo uma estabilização do mercado no lugar do desaparecimento do e-book, que já conquistou o seu espaço. Inclusive, há indicações de que a venda de um e-book pode favorecer a venda de sua versão impressa, o que é uma situação fascinante. Um dos problemas que todos os editores enfrentam é como fazer com que a informação sobre seu livro chegue aos leitores num cenário em que há menos revistas e jornais publicando resenhas e no qual as próprias livrarias podem exibir um número limitado de livros.

Mas agora as pessoas podem ler um pouco sobre um livro on-line – uma degustação – para decidir se vão ou não comprá-lo. Entretanto, segundo minha intuição, acredito que as pessoas que usam aparelhos eletrônicos para uma leitura de entretenimento não os usam para ler literatura séria, sendo que um dos problemas é que é bem difícil anotar em livros digitais.

Nos EUA, em 2015, foram lançados 310 mil novos títulos de livros impressos e de e-books foram cerca de 700 mil, sendo muitos deles gratuitos.

Isso quer dizer que as pessoas estão publicando mais porque isso agora é mais fácil. Temos uma maior democratização do mundo dos autores e dos leitores, com isso as coisas no setor editorial estão mudando de um jeito muito interessante, isto é, o público leitor está crescendo graças ao livro digital!!!

Para sentir a evolução do livro nos EUA, convém citar que em 2015 foram vendidos aproximadamente 653 milhões de livros impressos, com um aumento de 2,8% em comparação a 2014. Por outro lado, 204 milhões de e-books forma vendidos em 2015, havendo uma diminuição em relação a 2014, de 12,8%, quando foram comprados 234 milhões, o que não significa que o e-book vai desaparecer.”

Esses números são grandiosos, significando que muita gente pode sobreviver nesse setor da economia criativa (EC), ou seja, o setor editorial, e o que se espera é que ele também comece a crescer aqui no País, pois uma coisa é indiscutível: que não lê livros impressos ou digitais não tem como melhorar a sua criatividade, mas, ao contrário, tem uma possibilidade maior de ser classificado como “burro”!?!?

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