Hackers são contratados como detetives particulares digitais
Está ficando cada vez mais comum as pessoas recorrerem a hackers (especialistas em invadir computadores e redes sociais) para saber se o marido ou namorado, o proprietário da moradia que alguém aluga, o chefe da empresa etc., tem “algo” pecaminoso que elas possam usar em seu proveito ou defesa. São oferecidas significativas quantias em dinheiro para que se possa invadir o site de alguém ou então ter acesso às contas de Facebook e Gmail.
“Hackear” computadores não é mais atividade exclusiva de agências de inteligência, quadrilhas internacionais e “hacktivistas” insatisfeitos, tendo grandes alvos em sua mira. No lugar disso, está se tornando uma empreitada cada vez mais individual.
No passado, contratava-se um detetive para descobrir se havia traição em um relacionamento, e agora temos o hacker, ou seja, um detetive digital que acaba sabendo, por exemplo, tudo que o cônjuge tem no smartphone e eventualmente consegue comprovar relações amorosas extraconjugais!
Matthew Goldstein, no seu artigo Página oferece ‘hackers de aluguel’, publicado no jornal The New York Times (e cuja versão apareceu na Folha de S. Paulo em 7/2/2015), destacou: “Agora, existe um novo site chamado Hacker’s List, o qual coloca hackers em contato com pessoas que desejam acessar contas de e-mail alheias, retirar fotos constrangedoras de sites ou entrar no banco de dados de uma empresa!
Em três meses desde a sua inauguração, em novembro, mais de 500 trabalhos para hackers foram oferecidos no site. Tudo é feito anonimamente, e o operador do site recolhe uma taxa a cada tarefa concluída. O site se compromete a reter o valor pago pelo cliente até que o trabalho esteja definitivamente terminado.
Hoje, as solicitações de trabalhos de hackers estão proliferando em todas as partes do mundo, particularmente para poder acessar os e-mails alheios, o que é ilegal!
Dessa forma, constata-se que as pequenas invasões digitais estão crescendo de forma notável, tornando-se já uma coisa banal, o que desafia as autoridades, cada vez mais preocupadas com a segurança dos dados em geral, mas continuando a ficar numa condição bem inerte.
Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.