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A Era do IoT – Internet of Things


A cada dia que passa, mais objetos e equipamentos estão trocando informações entre si, da geladeira da sua casa ao poste de iluminação. A tecnologia por trás disso é chamada de Internet das Coisas (Internet of Things, ou seja, IoT a sua sigla em inglês).

Mesmo ainda que de forma tímida, ela já está presente na vida de milhares de brasileiros.

O IoT funciona a­­­través de sensores instalados em objetos conectados a redes. Dessa maneira, dispositivos como televisores inteligentes, que estão entre os equipamentos mais usados pelos brasileiros, serão objetos comuns nas futuras casas conectadas.

Nesse futuro conectado, a geladeira pode “dizer” a um supermercado quais alimentos estão acabando; o GPS do seu celular vai avisar ao aparelho de ar-condicionado da sua casa que você já está saindo do trabalho e em quanto tempo deve voltar. Isso pode parecer muito futurista, mas até as previsões menos otimistas antecipam um ambiente totalmente conectado em, no máximo, duas décadas!!!

Com a evolução cada vez maior da inteligência artificial (IA) e muitos dados disponíveis, a expectativa é que os objetos passem a tomar decisões simples sem intervenção do seu proprietário. Dessa maneira, por exemplo, será comum que um carro se torne responsável pelo agendamento da própria revisão ou troca de peças.

A adoção da IoT nas fábricas, conectando robôs e automatizando processos, recebeu o nome de Indústria 4.0 ou, ainda, quarta etapa da Revolução Industrial. Esse conceito foi criado pelo governo alemão, em parceria com universidades e empresários, para incrementar a produtividade das fábricas do país.

Nos últimos anos, o modelo foi sendo replicado em muitas partes dos planeta e é apontado como essencial para garantir a competitividade da produção nos próximos anos.

Da mesma forma como outras áreas de aplicação da IoT, a Indústria 4.0 também é caracterizada por diversas tecnologias. As máquinas sensorizadas, o uso da IA e a unificação de dados dos vários sistemas de uma empresa são elementos imprescindíveis para garantir o sucesso do modelo. Aliás, a aplicabilidade é enorme, pois num produto vendido já com sensores, as empresas conseguem receber informações de como o objeto foi utilizado pelo cliente e assim definir que condições precisam ser alteradas para a melhoria do seu funcionamento.

O modelo de Indústria 4.0 e o avanço desenfreado das tecnologias deverão, em poucos anos, revolucionar todos os setores da economia, não somente o fabril.

Lamentavelmente, as pesquisas mais recentes indicam que 60% das empresas brasileiras ainda não sabem exatamente o que é Indústria 4.0. E o que é pior, muitos empresários acham uma insanidade investir agora em melhorias da produtividade quando se vive uma crise econômica no Brasil e não estão conseguindo escoar os seus produtos com o atual jeito de trabalhar.

Porém, a expectativa de empresas de consultoria confiáveis é que o ecossistema da IoT, no Brasil, até 2020, deve movimentar mais de US$ 16 bilhões, o que, sem dúvida, também criará muitas dezenas de milhares de empregos para aqueles que dominarem essa tecnologia.

O jornal O Estado de S. Paulo promoveu, no dia 15 de março de 2017, o evento Fórum Estadão: IoT e Infraestrutura, no qual vários especialistas deram a sua opinião sobre o impacto dessa tecnologia nos mercados nacional e global.

Aí vão os “alertas” dados por alguns deles:

Celso Motizuqui, gerente geral de vendas da Furukawa lembrou: “Até 2050, 80% da população mundial morará em áreas urbanas. A gestão de energia, portanto, será primordial para o funcionamento das cidades. Para isso, será necessária a implementação em larga escala da rede elétrica inteligente, também conhecida por smart grid. Atualmente, são poucas as cidades brasileiras que contam com a tecnologia, que tem como característica a automação da rede, a melhoria no controle da distribuição da energia elétrica e na redução dos tempos de interrupção e reparo de falhas. É claro que, além de decidirmos como será a implantação dessas redes inteligentes, é vital não esquecer de pensar em como torná-las imunes a ataques de hackers.”

Já Anderson Dornelas, gerente de projetos de soluções de energia da Hitachi Consulting na América Latina, complementou: “Estimamos que, em alguns anos, a demanda por energia será semelhante à procura por água. A sociedade não se sentirá confortável em viver sem energia por segundos e ficará muito desconfortável (ou até não sobreviverá…) se ela faltar muito tempo (ou não existir…).”

Por seu turno, o pesquisador dos Institutos Lactec, Lourival Lippmann Júnior, apresentou a tecnologia Long Range (LoRa) como uma solução para muitas atividades serem feitas de forma mais eficiente e barata. Ele disse: “A aplicação do LoRa é muito barata e poderia (e deveria) ser usada, por exemplo, na coleta de lixo. Com um sensor instalado, é possível saber se está ou não na hora de recolher os resíduos de determinada lixeira pública, organizando-se um roteiro eficiente para a ida de caminhões para esse recolhimento, os quais não iriam às lixeiras que não estão cheias… Essa tecnologia já está sendo usada em muitas cidades da Europa para indicar em que locais de via pública se pode estacionar, evitando assim a circulação inútil de carros na procura de vagas.”

O líder global de consumo e produtos industriais da empresa de consultoria Deloitte, Tim Hanley, destacou: “Nos nossos estudos mais recentes, a IoT já está sendo vista como prioridade para as importantes empresas do mundo. Entre as tecnologias mais promissoras, onde se deve desenvolver cada vez mais a formação de especialistas, está o uso da IA em fábricas, o desenvolvimento de robôs que trabalham em parceria com seres humanos e a utilização em larga escala de drones em setores como a agricultura.”

Na cidade inteligente vai ser possível controlar melhor muitas coisas (trânsito, recolhimento do lixo, indicação de espaços para estacionar veículos, atendimento de acidentes etc.) tudo isso graças a intensa conexão proporcionada pela IoT.

A intensa conectividade entre os vários aparelhos trouxe à tona o desafio de proteção de dados contra cibercriminosos e espionagem. Nesse sentido, existe uma clara mobilização global entre empresas de segurança e governos na tentativa de definir regras para evitar ataques à segurança e à privacidade de pessoas e empresas.

Diversos casos bem recentes já demonstraram a fragilidade dos dispositivos de IoT disponíveis atualmente. Constatou-se a invasão de babás eletrônicas, câmeras de segurança, TVs inteligentes etc., o que deixou o mercado em alerta.

A ironia deste cenário é que, à medida que as aplicações, os dados e os serviços se tornam cada vez mais rápidos num ambiente cada vez mais diversificado, ao mesmo tempo vai se agravando a complexidade de protegê-los de um ambiente de ameaças em constante mudança…

Praticamente todos os fabricantes estão analisando e discutindo como evitar que hackers invadam dispositivos como carros autônomos e infraestruturas críticas como a iluminação pública, o controle de semáforos, o que poderia provocar acidentes em massa!!!

Agora o que se espera é que em breve o jornal O Estado de S. Paulo organize um evento dedicado especialmente à segurança na IoT.

Há quem diga que a profissão do futuro é aquela voltada para a cibersegurança. Não deveria ser assim, mas é como funciona o mundo: tudo que traz benefícios e vantagens para muitos, também pode ser explorado por pessoas que buscam “lucros fáceis”, entrando, por exemplo, na conta bancária de alguém e transferindo-a para a sua conta.

Tudo que tem o “lado bom” acaba tendo a “parte ruim” e é por isso que se deve caminhar para o “interessante”, ou seja, alguém que nos ofereça proteção contra cibercriminosos.

Essa vai ser uma competência que garantirá a empregabilidade para as pessoas, ou seja, elas sendo especialistas para evitar os roubos ou atos terroristas digitais!!!

 

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