Quando o tempo é sutilmente desperdiçado
Meus caros, não é fácil a vida dos empreendedores, ainda mais no ambiente de negócios do Brasil, sempre tão descomplicado, desburocratizado, com regras tão claras e total segurança jurídica, e como se não bastasse, com um ritmo econômico tão previsível (aqui vale uma exceção: esta crise sim, era absolutamente previsível).
É isso, empreender pode valer muito a pena, mas não é desafio para qualquer um. E em meio aos obstáculos, muitos deles inerentes a empreitada, e tantos outros que não precisavam existir, sempre há a guerra contra o tempo perdido, ou melhor, a luta para se potencializar o recurso mais caro e escasso do qual dispomos.
Contudo, existem no cotidiano situações onde a sua perda é óbvia e ululante, bastando apenas alguma percepção e disciplina, mas o grande desafio é identificar as circunstancias veladas, que nos roubam o tempo aos poucos, mas em larga escala, eventualmente com consequências desastrosas.
Neste contexto, listamos algumas situações que merecem grande atenção:
01. Sempre que um interlocutor tem fixação em persuadir com frases de efeito e jogos de expressões sem muito fundamento;
02. Megalômanos raramente são atentos aos riscos e complicações que seus projetos e empreendimentos envolvem, por conta disso, uma parceria com esse “tipo” merece redobrada atenção;
03. Uma sequência de reuniões de trabalho, onde deveria haver menos retórica e mais profundidade nos detalhes e na execução, mas que são tomadas por promessas vazias e generalidades;
04. As modinhas de gestão, com seus clichês e chavões;
05. Listas de ações sem prazo definido e responsabilidades específicas;
06. Conversas importantes sobre remuneração e contrapartidas em uma determinada negociação ou estruturação de parcerias, que são proteladas por abordar aspectos espinhosos;
07. Procrastinar a elaboração de contratos que formalizam relações que estão andando bem, justamente por abordarem temas difíceis;
08. Projetos sem planejamento de execução que aborde os detalhes.
Até o próximo.
Fundador da Plataforma Brasil Editorial e membro do conselho editorial da revista Criática.